ABIB, José Antônio Damásio. Epistemologia pluralizada e história da psicologia. Sci. stud., São Paulo, vol.7, no.2, p.195-208, Apr./June 2009.

José Antônio Damásio Abib é professor adjunto do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São Carlos, além de ser pesquisador visitante do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá/Fundação Araucária.
Abib escreveu o ensaio “epistemologia pluralizada e história da psicologia” com o objetivo de apresentar um traçado geral sobre o nascimento do projeto da psicologia científica, elaborado pelo alemão Wilhelm Wundt e pelo norte-americano William James, no final do século XIX. A partir disso, faz uma exposição tanto sobre a história da ciência …exibir mais conteúdo…

Agora, a história da psicologia é história do conhecimento psicológico, pertencente à história da cultura.
No tópico epistemologia e história da ciência psicológica, o autor apresenta as críticas que tanto Wundt quanto James fizeram às doutrinas metafísicas, pois estes dois concordavam que a psicologia como ciência deveria se de temas metafísicos. Além disso, Abib expõe as diferentes concepções de Wundt e James diante da psicologia científica. Para Wundt, a psicologia como ciência é psicologia empírica, que é focada na causalidade psíquica, analisando a experiência a partir da própria experiência. Além disso, ele se baseia no princípio dos resultantes criativos, no qual o produto das combinações psíquicas é uma nova criação, e não uma mera soma dos seus elementos constituintes. O autor, então, aborda a ciência de Wundt como intermediária, já que está entre as ciências da natureza – devido às causalidades psíquicas – e ciências da cultura – por causa dos resultantes criativos. James, por sua vez, defende a psicologia científica como ciência natural, já que ela estuda os fatos mentais, descrevendo-os e examinando-os. Para ele, o objetivo da psicologia é previsão e controles práticos, que ajudam os homens práticos a resolver seus problemas. Abibconclui essa parte dizendo que, da perspectiva da epistemologia unitária, a psicologia não se constitui como ciência, e, portanto, não faz parte da história da ciência, pois não