Psicologia social da justiça: fundamentos e desenvolvimentos teóricos e empíricos

2473 palavras 10 páginas
PSICOLOGIA SOCIAL DA JUSTIÇA: FUNDAMENTOS E DESENVOLVIMENTOS TEÓRICOS E EMPÍRICOS
ISABEL CORREIA

1- ÂMBITO DA PSICOLOGIA SOCIAL DA JUSTIÇA
A Psicologia Social da Justiça estuda as causas e as consequências dos julgamentos subjetivos do que é justo ou injusto. Os psicólogos sociais têm estudando o que as pessoas pensam estar certo ou errado, ser justo ou injusto e compreender como as pessoas justificam esses julgamentos; as pessoas agem e reagem em função do que pensam que é justo.
Tyler et al. (1997) distinguem quatro eras na investigação da justiça: a era da privação relativa (início 1945); a era da justiça distributiva (anos 60 e 70); a era da justiça procedimental (anos 80 e 90); e a era da justiça retributiva (em emergência nos
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Caso a sua situação presente seja pior do que a sua situação passada, o indivíduo pode experimentar privação relativa.
As pessoas podem comparar-se ainda com uma expectativa do que será o seu futuro num determinado momento: se as pessoas acreditam que a situação poderia ter sido diferente noutras circunstâncias e não consideram suficientemente justificada a alteração da sua situação que levou à redução dos benefícios, podem experimentar privação relativa.
Relativamente às comparações com outra pessoa, um dos critérios para a pessoa que será escolhida para a comparação é o contexto social imediato, mas também as motivações pessoais. Se a motivação tiver na base a melhoria do desempenho, as pessoas farão comparações com indivíduos semelhantes que estão ligeiramente melhor que elas e o sentimento de inferioridade relativa motiva a melhoria do desempenho. Se a motivação for de autoproteção, as pessoas preferem muitas vezes comparações com indivíduos que estão muito pior do que eles, comparações downward ou descentes, o que leva a baixos sentimentos de privação. Se a motivação for de autoprivação, as pessoas preferem comparações upward ou ascendentes que são comparações com indivíduos semelhantes que estão muito melhor do que elas, comparações estas que levam a sentimentos de inferioridade relativa.

*Privação relativa egoísta versus privação relativa

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