Pioneiras da enfermagem no Brasil
Edith Magalhães Fraenkel
Rachel Haddock Lobo
Lais M. Netto dos Reys
Edith Magalhães Fraenkel
Pioneira das pioneiras
A história dessa pioneira não causaria espanto se ocorre nos dias atuais, entretanto teve início no começo do século XX. Edith atuou nele, durante mais de sua metade, com um brilho e uma segurança difícil de encontrar entre as mulheres de então. Nessa época as mulheres eram tidas como cidadãs de segunda classe: poucas gozavam dos benefícios da educação, com a legislação que as limitava e com a Igreja restringindo seu espaço ao ambiente do lar. Nesse ambiente e naquele período, Edith Magalhães Fraenkel, indiferente ao que os outros pensavam, começa sua …exibir mais conteúdo…
Ao assumir seu segundo mandato na Associação(1941-43), comunicou que recebera um convite do Governo do Estado de São Paulo, para organizar a Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) .
Edith lutou para soerguer a revista Anais de Enfermagem que desde 1938 enfrentava dificuldades econômicas e , de 1941 e 1945 deixara de ser publicada. Em 1946, ela foi aclamada redatora chefe e, ocupando os cargos de presidente da ABED e Diretora da Escola de Enfermagem da USP, a revista passa a ser feita em São Paulo.
De redatora chefe, em 1947, ela passa a ocupar o posto de Diretora dos Anais de Enfermagem. Foi redatora chefe de 1948 a 1951 quando pede demissão em caráter revigorável. Em 1950 assume o terceiro mandato na presidência da ABED.
Edith permaneceu na direção da Escola de Enfermagem de São Paulo até 1955 quando. Prematuramente, se aposentou. A atuação demagógica do governador paulista foi a causa da Instituição perder essa grande líder.
Em 1965, a então presidente da ABEn, Circe de Melo Ribeiro, propôs que se fizesse um documento da história da entidade para apresentá-lo na comemoração de quadragésimo aniversário (1969). Esse histórico teria o mérito de mostrar para os atuais enfermeiros o papel desta Instituição, e ninguém melhor que Edith para fazê-lo.
Em 1968 ela entregou à diretoria o Histórico da Associação. Era um documento com 160 páginas, datilografadas, em 45 capítulos.