Os aspectos psicológicos envolvidos na compulsão alimentar sob a perspectiva da gestalt

4264 palavras 18 páginas
ALUNA: ALYNE MACHADO

RESUMO
Este artigo objetivou discutir a compulsão alimentar no enfoque da Gestalt-Terapia, utilizando-se de seus conceitos para uma melhor compreensão deste fenômeno. A princípio foi abordada a questão da “compulsão alimentar” e as conseqüências desse comportamento, baseando-se em diversos estudos sobre o assunto. Na literatura a “compulsão alimentar” enquanto transtorno alimentar é motivo de controvérsias entre autores. Independente das divergências de nomenclaturas, a compulsão alimentar traz conseqüências negativas à saúde e pode levar à obesidade, colocando a vida do indivíduo em risco. Muitos casos de compulsão alimentar têm como pano de fundo fatores psicológicos, além de fatores genéticos, culturais e
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As pessoas começam a desenvolver comportamentos compensatórios, com o objetivo de aliviar a ansiedade advinda desses novos tempos. Dentre outras formas, a compulsão alimentar é um comportamento bastante utilizado pelas pessoas para atenuar sintomas de ansiedade. Este comportamento que muitas vezes atua como uma forma de compensação, geralmente está mais atrelado aos aspectos emocionais da pessoa, do que aos aspectos fisiológicos do processo da fome e sua conseqüente saciedade.
O sintoma pode desempenhar diversas funções na vida do paciente, sendo, muitas vezes, utilizado como forma de defendê-lo de suas dificuldades emocionais, podendo agir como calmante ou como meio de satisfação de outras necessidades. Vale ressaltar que os estados emocionais positivos também são gatilhos para a compulsão alimentar. A comida, nesses casos, é utilizada para intensificar os sentimentos positivos, causar excitação e celebrar os bons momentos. (Espíndola & Blay, 2006)
Segundo Borges e Jorge (2000) a definição de compulsão alimentar tem sofrido transformações desde a primeira vez em que surgiu na literatura. Nas primeiras descrições, que datam do século XV, era um sintoma que podia estar presente em diversos transtornos. Desde esta época aparecem descrições de uma forma de “apetite voraz”, característica comum para alguns transtornos alimentares. Em

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