O que é etnocentrismo?
ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é Etnocentrismo ?. SP. Editora Brasilienses 4º Ed. 1987
“Etnocentrismo é um visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos , nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pénsarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.”( P. 7)
“No etnocentrismo , estes dois planos do espírito humano – sentimento e pensamento – vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente arraigado na maioria das sociedades como também facilmente econtrável no dia a dia das nossas …exibir mais conteúdo…
Assim, a diferença não se equaciona com a ameça, mas com a alternativa. Ela não é uma hostilidade do “outro”, mas uma possibilidade que o “outro” pode abrir para o “eu”. (p. 21)
“Em que pese a Antropologia ter nascido no chamado mundo ocidental seu esforço é no sentido de não torná-lo absoluto. O objetivo deste livro sobre o etnocentrismo é o de mostrar como, pouco a pouco, ele foi sendo superado, se não para todos ao menos dentro da Antropologia.” (p. 25)
“A noção de evolução é um marco fundamental para o pensamento antropológico. Vai aparecer como ideia básica para toda uma grande fase da teoria antropológica e, na história dos saberes sobre o ser humano, tem um lugar de destaque quase que como uma âncora, para os trabalhos e estudos que procuravam fazer da Antropologia uma ciência.” (p; 26)
“Evolução, em outras palavras, é o desenvolvimento obrigatório de uma determinada unidade que revela, pelo processo evolutivo, uma segunda forma, mostrando, então , sua potencialidade.” (p. 26)
“(...) Nesse mesmo evolucionismo se armam as bases que virão, pouco a pouco, minando o etnocentrismo dentro da Antropologia.”(p. 34)
“(...) em todas as coisas sobre as quais procuramos saber, encontra-se uma lógica parecida: quanto mais sabemos mais sabemos o quanto falta saber. A magia, neste processo, reside aí mesmo: na consciência de quão pouco se sabe.” (p; 36)
“O século XX