O grupo funcional
Nosso dia a dia é marcado por relações de ordem de trabalho, as quais configuram a existência da vida humana e da organização social. Psicologicamente, a segmentação do trabalho constitui a estruturação mais imediata da realidade da vida cotidiana e, no entanto não serve de ponto de partida para as abordagens psicológicas.
São poucos os psicólogos sociais que definem os papéis desempenhados na sociedade, ou grupos funcionais, como determinantes da divisão social e da identidade das pessoas, ao invés de atribuir esta função às classes sociais, ou grupos estruturais. Roger Brown é um deles. Ele questiona a respeito das categorias em que os membros de uma sociedade se encaixam e as tarefas correspondentes a …exibir mais conteúdo…
Para ser considerado grupo, os membros devem ter algum vínculo, algo de interesse comum a todos que os una. Podemos dizer então, que se voluntários deixam de se reunir em prol de uma causa, deixam de ser um grupo e ainda, uma categoria, como sugerido por Brown.
Abordando o mesmo exemplo citado, porém de forma diferente, temos que é possível que voluntários formem um grupo, assim como mulheres e esposos, pois em cada um há características que os definem como categoria social. No entanto, as mulheres e os voluntários, na forma de indivíduos, não são as mesmas mulheres e voluntários como grupos funcionais. Por quê? Qual a diferença?
Três aspectos diferenciam e classificam um grupo como funcional ou não-funcional, são eles: a estrutura interna, a referência intergrupal e a tarefa própria.
Quando se trata de grupo funcional, a estrutura interna deve ser determinada pelas exigências de um sistema social, deve surgir em função de uma necessidade da sociedade. Se há estrutura, então o todo é maior que as partes, assim um time é mais que apenas seus jogadores. Para ser funcional, o grupo deve cumprir uma tarefa, ter uma finalidade e cumpri-la. Quanto mais