O fracasso escolar na alfabetização
AUTORIA: Valéria Santos Machado
ORIENTADOR: Prof. Ms Jussara Isabel Stockmanns. Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia, Tutoria em EAD, Metodologia de Ensino Religioso, Informática na Educação e Mestre em Engenharia da Produção. Professora na UNICENTRO e Professora Tutora na FACINTER.
Resumo:
O objetivo deste artigo é contribuir para uma melhor compreensão das possíveis causas do fracasso escolar na alfabetização, especificamente das crianças de classes populares em nosso país. Crianças que estão na escola, sem nenhuma deficiência aparente e não conseguem caminhar com sucesso na aquisição das habilidades …exibir mais conteúdo…
Embora existam muitos estudos a respeito do fracasso escolar e um grande volume de pesquisas sobre o tema investigado, ainda não se conseguiu chegar a uma fórmula que defina onde exatamente está o problema. Percebem-se várias causas, dentre elas a escola que aponta para as famílias, que não participam da vida escolar dos seus filhos, e do outro, famílias culpando professores por não ter afetividade aos seus alunos. As diferenças entre as crianças de camadas populares e as pertencentes a outras camadas da população decorrem, segundo as concepções construtivistas de desenvolvimento infantil, da inexistência ou da precariedade de experiências com a leitura e escrita nos meios populares. Provenientes de ambientes não letrados, as crianças de classes populares não têm acesso a interações com situações de escrita e leitura, fato que as impede de atingir os níveis de conceitualização necessários à construção da escrita na escola e de compartilhar dos significados e dos usos sociais da escrita já adquiridos pelas crianças das classes médias. Justifica-se assim a necessidade de mudanças nas práticas de ensino da língua escrita e mais tempo para o domínio da leitura e da escrita pelas crianças de classes populares, uma vez que a escola pressupõe conhecimentos e estágio de desenvolvimento cognitivo que elas ainda não alcançaram (Ferreiro e Teberosky, 1979; PCN/MEC, v.2, 1997, p.20-21). No entanto devemos considerar que