Neoplasias
I INTRODUÇÃO
Quando se observam células em cultura, verifica-se que estas vão se multiplicando até entrarem em contato umas com as outras, quando param de crescer, formando uma monocamada. Durante o processo de cicatrização da pele, a epiderme em regeneração possui intensa multiplicação celular, até que haja fusão das bordas da ferida em que o contato célula-célula interrompe a proliferação do epitélio. Tanto no epitélio da pele quanto no epitélio do trato gastrointestinal verifica-se multiplicação celular constante para reposição das células que descamam, como mecanismo para manter o equilíbrio homeostático. Em condições normais a divisão celular é controlada por fatores reguladores mantendo o equilíbrio. …exibir mais conteúdo…
- Carcinógenos físicos: radiação ultravioleta e radiação ionizante (raios X, raios gama). - Carcinógenos biológicos: vírus (papilomavírus, por ex.) Esses agentes podem interagir de modo isolado, repetido ou em conjunto. As mutações podem afetar oncogenes, genes supressores ou genes reguladores da apoptose.
II DIFERENCIAÇÃO ENTRE TUMORES MALIGNOS E BENIGNOS
As neoplasias podem ser caracterizadas em benignas e malignas de acordo com fatores morfológicos e do comportamento destes. As diretrizes para a classificação das neoplasias são:
1- Diferenciação e anaplasia
2- Taxa de crescimento
3- Invasão local
4- Metástase
II. I - Diferenciação e anaplasia Referem se ao grau de semelhança das células parenquimatosas das neoplasias às células normais, tanto morfologicamente como funcionalmente. Ex: tumores bem diferenciados são semelhantes ao tecido normal. Adenomas endócrinos podem secretar hormônios. A perda da diferenciação ou anaplasia é considerada uma marca para a transformação maligna. As células indiferenciadas são chamadas de anaplásicas. São características de anaplasia: núcleos volumosos (proporção 1:1, ao invés de 1:4 ou 1:6 nas células normais), nucléolos evidentes e múltiplos, mitoses anormais, pleomorfismo celular (variação do tamanho e forma) e