Metáfora paterna
RESUMO – O objetivo deste artigo é nos aprofundarmos sobre o conceito desenvolvido por Jacques Lacan dentro da teoria psicanalítica, a Metáfora Paterna, como também é chamado pelo autor, o Nome-do-Pai. Para alcançar o nosso objetivo, vamos nos ater mais profundamente no seminário 5 de Jacques Lacan, o seminário sobre as formações do inconsciente, nos capítulos VII: A Foraclusão do Nome-do-Pai, IX: A Metáfora Paterna e X: Os Três Tempos do Édipo, assim como na obra de Joël Dor, Introdução à Leitura de Lacan – O inconsciente estruturado como linguagem, nos seguintes capítulos: capítulo 11: A prevalência do falo, capítulo 12: O estádio do espelho e o Édipo, capítulo 13: A metáfora paterna – o Nome-do-Pai – a …exibir mais conteúdo…
Em pouco tempo, a criança aprenderá que o contato do seu próprio dedo com a boca também causa prazer. Neste caso, o prazer não está mais vinculado à finalidade de sobrevivência, mas é apenas o prazer pelo prazer. Freud chama este tipo de prazer de erotismo e considera seu aparecimento como a primeira manifestação da sexualidade.” (Bock, A, Furtado, O. e Teixeira, M; 1999, p.232-233).
É este prazer oral que iniciará o sujeito, a criança, no chamado princípio do prazer. Outras formas de sentir prazer com o próprio corpo sucedem o prazer oral: o prazer da retenção e eliminação das fezes e da manipulação dos genitais. A sexualidade se desenvolve paulatinamente, como os outros fatores do desenvolvimento infantil (a fala e o caminhar sem ajuda dos pais, por exemplo). Antes de investir a libido em outra pessoa, antes de ver o outro como um objeto de prazer, a criança aprende o que é o prazer. Após a descoberta infantil do prazer oral, e , em seqüência, a descoberta do prazer anal da retenção e da liberação das fezes., ocorre a descoberta do prazer que Freud denominava como prazer fálico, o prazer da manipulação dos genitais. Este prazer é reprimido pela cultura, através dos cuidadores da criança, aqueles que desempenham para ela o papel social de pai ou de mãe. Eles ensinam a ela a não mexer nestas partes do