Historicismo marxista: críticas ao idealismo baseadas no pensamento de karl marx
Caio Luiz Jardim Sousa
Resumo: O objetivo deste artigo é trazer, sob a luz do marxismo e do materialismo, uma crítica à concepção idealista de História, para agregar a esta o caráter científico que pode traçar os caminhos da revolução e da melhor compreensão do homem. A égide marxista pretende retirar de toda a concepção idealista da História seu caráter ideológico ou abstrato-metafísico, e sua descrição, análise e exemplificação se darão nas próximas páginas.
Palavras-chave: idealismo, marxismo, historicismo, críticas marxistas, noção histórica.
Abstract: The reason of this article is to bring, under the materialist and Marxist thought, a …exibir mais conteúdo…
Por isso, deve haver uma conciliação entre liberdade e lei (determinação, caminhada) na História para o marxismo, uma vez que o acaso não pode ser controlador das opiniões e sentimentos dos homens, porque estes advêm completamente de suas experiências (contato com o mundo) e interesses sociais.
DESCRIÇÃO E CRÍTICA DO SEGUNDO IDEALISMO
Outra problematização da Filosofia da História feita por Marx e pelos marxistas está refletida na “segunda concepção materialista”. O segundo idealismo, refletido em Schelling, tem como principal característica a conciliação entre liberdade e necessidade, entrando em consonância com a crítica já estabelecida pelo marxismo ao Primeiro Idealismo, que reitera a predileção pelo “acaso”, ou pera liberdade pura do Espírito como lei máxima e universal.
Entretanto, é ainda possível detectar uma atribuição à força da liberdade (ideias, consciência) como um determinante do caminho histórico, porque os homens passam a fazer suas próprias escolhas e arbítrios ao longo do tempo. Dessa forma, o que aparenta ser uma “igualdade” entre liberdade e necessidade se transforma puramente em uma preferência em relação à capacidade de arbítrio dos homens, e não à capacidade de produzir e trabalhar. O novo pensamento idealista se revela ser ainda um reflexo da ideologia que antes predominava sobre a mesma corrente teórica, servindo para mascarar a verdadeira face da História e do “caminhar humano”.
De maneira completamente oposta a Marx,