Estudo de instituições de crédito formais e informais em Moçambique
3047 palavras
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I.IntroduçãoSegundo o Banco Mundial (2004), na maioria dos PVDs, uma parte substancial da população é pobre com pouca probabilidade de se beneficiar de serviços bancários. As micro finanças são frequentemente vistas como um sector marginal, ou seja, uma actividade de desenvolvimento que diz respeito a doadores, governos, ou investidores com consciência social, mas não como parte integral do sistema financeiro de um país. Para Costa (2001) a vantagem de um programa formal de micro finanças esta relacionada com a possibilidade de fornecer credito aos pobres que anteriormente, para conseguirem algum empréstimo no intuito de se auto-empregar ou se tornar micro-empresários, necessitavam de se voltar aos agiotas, pois, os bancos normais lhe negam crédito. Segundo Vincent (2005), cerca de 90% dos indivíduos dos países em via de desenvolvimento (PVDs) não tem acesso aos serviços micro financeiros (SMFs), tanto para crédito bem como para poupanças, possibilitando a persistência da pobreza e fraco desenvolvimento económico.
Desde a liberalização do mercado, o sector financeiro moçambicano registou um rápido crescimento, com aumento do número de instituições. Em 2004, segundo o Banco de Moçambique, estavam licenciados 13 bancos comerciais, 45 instituições operadoras de micro crédito e diversas agências de câmbios e outras sociedades financeiras. A concentração dos negócios é elevada, com os 4 maiores bancos (BIM, BCI, Standard Bank e Barclays Bank) a representarem 93% do activo