Crítica da razão pura de kant
Eva Vilma Aires Cabral Gondim*
RESUMO
Este artigo visa apresentar uma breve análise da Crítica da Razão Pura de Kant. Onde ele procura responder a questões sobre a Teoria do Conhecimento, a partir de um método crítico, denominado de filosofia transcendental, que busca expor os limites e as condições do conhecimento humano. Seu primeiro intuito é testar a possibilidade da metafísica ser uma ciência, através de parâmetros científicos encontrados na matemática e na física. E assim, inova a pesquisa filosófica ao propor um novo método. Kant afirma que não é a razão que se molda ao objeto, mas que é o objeto que é moldado pela razão. Por fim, defende que a ciência opera por meio de juízos sintéticos a …exibir mais conteúdo…
2.3 Metafísica Kant constatou que nem o empirismo britânico, nem o racionalismo continental explicavam satisfatoriamente a ciência. Por isso, propõe-se a averiguar, através de uma crítica da razão pura, se é possível a metafísica ser uma ciência. Afirmou que a metafísica tradicional falha ao considerar a coisa-em-si como fonte do conhecimento. As divagações filosóficas são oriundas dessa concepção. Ao conceber a coisa-em-si, muitos filósofos afirmam conceitos distintos sobre o mesmo tema. Isso ocorre porque não é possível o sujeito cognoscente atingir a coisa-em-si, pois dispõe de representações para conhecer, que não são tais quais as coisas-em-si. Mas, que são segundo o próprio sujeito que conhece. A respeito disso afirma:
Até hoje admitia-se que o nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir a priori, mediante conceitos, algo que ampliasse o nosso conhecimento, malogravam-se estes pressupostos. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento [...] (idem, p. 20). Ao investigar o processo cognoscitivo da razão, o filósofo estabelece um novo método de investigação. Propõe-se a investigar criticamente a razão com a própria