Dedução meafisica e dedução transcendental em kant

3150 palavras 13 páginas
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de Filosofia

Dedução Metafísica e Dedução Transcendental na Crítica da Razão Pura, de I. Kant

Texto elaborado pelo aluno Ionadir Rodrigues Correa Junior, como componente de avaliação da disciplina História da Filosofia Moderna II, ministrada pelo professor Dr. Maurício Keinert.

São Paulo, 27 de novembro de 2012
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“A mesma função que num juízo dá unidade às diversas representações também dá numa intuição, unidade à mera síntese de diversas representações: tal unidade, expressa de modo geral, denomina-se o conceito puro do entendimento. Assim, o mesmo entendimento, e isto através das diversas ações pelas quais
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Kant considera insatisfatória qualquer solução metafísica ao problema proposto porque até aquele momento esse campo do pensamento antes se constituiu como um espaço de discussão no qual os seus participantes parecem mais combatentes, lutando com armas de meros conceitos para se impor um ao outro, sem, contudo, alcançar os resultados seguros e duradouros, tal como ocorre com as ciências de seu tempo: a Matemática e a Física. Estas ciências oferecem duas características da razão que se contrapõe aos esforços metafísicos: a determinação a priori dos objetos e leis universais e necessárias, fundamentos do verdadeiro conhecimento.
Enquanto isso, a Metafísica toma a realidade, isto é, os objetos do mundo, como conceitos próprios da razão, dotados da mesma substância. Seja do ponto de vista do racionalismo que subordina a razão, de certa forma, a busca da extensão da substância ao objeto, seja do ponto de vista do empirismo, que condiciona o conhecimento à determinação sensível da razão.
Assim, o projeto kantiano se propõe a uma inversão de posição muito mais sutil do que pode aparecer sob a expressão “revolução”. Com efeito, ele

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