Conceito de texto segundo a visão de roland barthes
Em relação a todos esses códigos é relevante lembrarmos que estes não precisam ter coerência entre si, e, sim, só há coerência dentro do código. Segundo Barthes, o texto é algo plural e a sua interpretação também será. A literatura é uma afirmação da vida e o prazer por ela proporcionado é algo solitário. O prazer, entretanto, não é um elemento do texto, não é um resíduo ingênuo; não depende de uma lógica do entendimento e da sensação; é uma deriva, qualquer coisa que é ao mesmo tempo revolucionária e associal e que não pode ser fixada por nenhuma coletividade, nenhuma mentalidade, nenhum idioleto. (BARTHES, 2004: 30). Nesse trecho, vemos que para Barthes o prazer é individual, é solitário e não é passível de explicá-lo através de palavras à outra pessoa. Também sabemos que o texto além de ser tecido é uma produtividade, em que um texto nunca cessa, nunca acaba, ou seja, é algo que sempre multiplica sentidos, logo, não pára. E como o texto está sempre mudando, este nunca deixa de suscitar outros textos a partir dele; assim, está em um constante movimento, em metamorfose. Podemos dizer, então, que o texto é inesgotável, pois nós, os leitores, somos vários e criando, deste modo, infinitas possibilidades de significação. O texto é uma materialidade de significantes que o autor articula de acordo com a sua vontade, e