As interfaces do fazer pedagógico com a filosofia
A noção de conhecimento é apresentada como sendo algo pronto e acabado. Para a abordagem essencialista da Educação, supostamente, se oferecem a todas as pessoas, por igual, as mesmas condições para aprender. De um modo homogeneizante, agrupam-se indivíduos da mesma faixa etária, ou etapa de aprendizagem, realizando atividades em uníssono. Desse modo, todos os educandos fazem as mesmas coisas da mesma maneira e ao mesmo tempo. Caso o indivíduo não aprenda, as causas desse não aprendizado se encontram no próprio indivíduo, na sua falta de capacidade para aprender e não nas condições que lhe foram oferecidas para aprender. Com base nesses fundamentos, a ênfase do processo educativo recai na transmissão do conteúdo produzido e acumulado historicamente pela humanidade, pela ação do professor. Ao educando cabe assimilar esse conteúdo por meio de exercícios repetitivos. Distante da abordagem essencialista, a abordagem existencialista compreende a natureza humana como sendo mutável, interdependente das condições de existência, de suas relações sociais. Nessa abordagem, o ser humano é um sistema aberto, em evolução contínua, que se desenvolve em estágios em busca de um estado final nunca alcançado. O ser humano é ativo e o mundo, um meio a ser descoberto. Nessa perspectiva, compreende-se a Educação como condição para o desenvolvimento do ser humano e a escola caracteriza-se como um laboratório de