Artigo cientifico sobre luta na educação física
A compreensão das lutas em sua pluralidade de significados não é uma tarefa fácil e requer que sejam considerados inúmeros fatores. Primeiramente, é preciso levar em conta que, em se tratando desses conteúdos, não é possível desmistificá-los e racionalizados, devido ao universo simbólico de representações e idéias que fazem parte dessa temática. Assim, até mesmo definir o que são lutas torna-se arriscado, considerando-se que ao definirmos, limitamos a nossa compreensão.
O dicionário Luft, por exemplo, define o ato de lutar (do latim luctari) como:
“combater/ pelejar, brigar/ disputar, competir/ trabalhar arduamente, esforçar-se, empenhar-se”. Já o substantivo luta é definido como “ação de …exibir mais conteúdo…
Atualmente, com os avanços da área do treinamento esportivo, como os princípios do treinamento e sua periodização, por exemplo, ampliaram-se as possibilidades de aprendizagem e rendimento nas modalidades.
Para Betti o método científico representa um importante caminho de legitimação da práxis do profissional de Educação Física porque permite problematizar afirmações genéricas como, por exemplo: “atividade física é boa para a saúde”, ou “o judô é bom para descarregar a agressividade”. Ou seja, não é possível excluir as inúmeras colaborações que a ciência e a racionalização podem trazer para a área das lutas.
Contudo, não se pode também restringir e racionalizar demais a concepção das lutas a ponto de não considerar a sua dimensão cultural e simbólica. As lutas possuem significados plurais e diversos, não sendo possível compreendê-las única e exclusivamente através da racionalização do conhecimento.
Betti (1994), por exemplo, afirma que o ser humano realiza constantemente atividades simbólicas para poder dar valor e orientar suas ações e as lutas são, claramente, atividades envoltas em um universo simbólico plural e abrangente, variando de acordo com a visão que cada sociedade emprega sobre cada modalidade existente. O autor considera que todas as noções usadas para caracterizar e explicar o comportamento humano são consequência ou derivam de universos simbólicos, não podendo ser reduzidas a impulsos biológicos,
instintos