Analise regime escravista no brasil

2809 palavras 12 páginas
Análise comparativa sobre o regime escravista no Brasil

A forma em que se estruturou o regime escravo no Brasil a fim de atender às necessidades de uma agricultura latifundiária e exportadora nas mãos de poucos proprietários consolidou três classes socais próprias durante a colônia: o Senhor (latifundiário, fazendeiro, senhor-de-engenho, senhor de escravos), o escravo (propriedade do senhor), e uma terceira, o “homem-livre”, pequeno lavrador que se distinguia do segundo pela prática do “favor”, uma relação de lealdade e prestação de serviços para com o Senhor, que lhe concedia moralmente a condição de pessoa, categoria muito importante numa sociedade dividida entre senhores e escravos. É a prática e o ideário que envolve e
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Para a autora, o Brasil colonial não está fora ou atrasado frente aos ideários capitalistas, uma vez que o princípio do capitalismo é a acumulação de capital, é o lucro. E a colônia surge historicamente justamente para acumular capital e produzir lucro. Por sua vez, a colônia produz também sua própria história, determinada pelas relações sociais produzidas na estrutura adotada nas colônias para a obtenção desse lucro. Com essa nova perspectiva, como se dá, então, uma análise sobre o contexto do regime escravo dentro do capitalismo mundial? Carvalho Franco recorre a Marx, na Ideologia Alemã e no Capital, e amplia sua análise com respeito à acumulação de capital e produção de lucro com uma análise própria minuciosa sobre a particularidade do escravismo dentro do processo capitalista.

Carvalho Franco remete à gênese do capitalismo e relembra que, em Marx, a história da humanidade é a história da manutenção da sua própria existência, ao longo do tempo. Portanto, a sua vida material determina a sua consciência. E os modos particulares de existência são determinados, por sua vez, pelos modos da divisão social do trabalho

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