“Administração é ciência ou arte?” o que podemos aprender com este mal-entendido?

3187 palavras 13 páginas
RESENHA

“Administração é ciência ou arte?” O que podemos aprender com este mal-entendido? Pedro Lincoln C. L. de Mattos.

I. Resenhista II. Autor III. A obra IV. Resenha

Tópico 1 – O Dictum. Tópico 2 – Por que e quando alguém faria essa pergunta. Tópico 3 – A que está se referindo mesmo quem faz a pergunta? Tópico 4 – A saga da ciência racional, moderna e excludente. Tópico 5 – Mas estará a ciência tão distante de uma arte? Tópico 6 – Uma “Linha Divisória” entre ciência e não-ciência? Tópico 7 – O critério popperiano da refutabilidade, diferenciando ciência de não-ciência. Tópico 8 – Como evoluiu a controvérsia da “Demarcação científica”? Tópico 9 – Uma concepção social e institucional na própria epistemologia da ciência. Tópico 10
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De fato, a resposta a favor de um dos dois pólos da pergunta orientaria o currículo.

Tópico 3 – A que está se referindo mesmo quem faz a pergunta? O autor faz um alerta sobre a semântica da administração, de ciência e arte não é simples. E, como para muitas perguntas, a resposta aqui pode estar tanto em esclarecer os termos quanto em argumentar sobre a predicação usada na pergunta (“é ciência ou é arte”). Nesse contexto o autor cita Taylor, que fala em “ciência da administração” (CHIAVENATO, 1993). Taylor viveu o ideal do racionalismo no Séc. XIX, da razão lógica, ainda cartesiana, inseparável do método cientifico. Observar, calcular, definir, deduzir seguro contra sofismas e erros de lógica, para projetar situações e estruturar a ação com vistas a objetivos claros e hierarquizados: isso é a forma “cientifica” de saber e trabalhar, definida por Taylor. No núcleo de prestígio social desse saber está a pretensão da certeza. A certeza prática, relativa aos resultados esperados, era entendida como representação adequada do mundo e de suas “leis”. A aceitação, como “cientifico”, do novo saber aplicado, era fazê-lo participante de uma grande fonte de legitimação social, a ciência, nunca antes pensada para tal caso, e que se trasmitia ao próprio entendimento capitalista. Já a administração-arte inclui nova ambiguidade. A pergunta formulada em português , “arte” joga ao mesmo tempo

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