ALIENACAO E IDEOLOGIA EM KARL MARX
ALIENAÇÃO Marx investigou a alienação social. Interessou-se em compreender as causas pelas quais os homens ignoram que são os criadores da sociedade, da política, da cultura, da história, e acreditam que a sociedade não foi instituída por eles, mas por vontade e obra de deuses, da natureza, da razão. Por que os homens não se reconhecem como sujeitos sociais, políticos, históricos, como agentes e criadores da realidade? Por que as pessoas não se percebem como sujeitos e agentes e se submetem às condições sociais, políticas, culturais, como se elas tivessem vida própria, poder próprio, vontade própria e os governassem, em lugar de serem controladas e governadas por eles? …exibir mais conteúdo…
A variação das condições materiais de uma sociedade constitui a História da mesma. Marx a designou como modos de produção.
“Os homens fazem a história, mas não sabem que a fazem” (Marx apud Chauí:172). Os homens acreditam que fazem o que fazem e pensam o que pensam porque são indivíduos livres, autônomos e com poder para mudar o curso das coisas como e quando quiserem. Ex: o pobre é pobre porque quer. A alienação social é o desconhecimento das condições histórico-sociais concretas em que vivemos, produzidas pela ação humana, também sob o peso de outras condições históricas anteriores e determinadas. Há uma dupla alienação: por um lado, os homens não se reconhecem como agentes e autores da vida social, com suas instituições, mas por outro lado e ao mesmo tempo, julgam-se indivíduos plenamente livres, capazes de mudar sua vida como e quando quiserem, apesar das instituições sociais e das condições históricas. No primeiro caso, não percebem que instituem a sociedade; no segundo caso, ignoram que a sociedade instituída determina seus pensamentos e ações.
AS TRÊS FORMAS DE ALIENAÇÃO SOCIAL NAS SOCIEDADES MODERNAS OU CAPITALISTAS:
1. A alienação social: nesta, os humanos não se reconhecem como produtores das instituições sociopolíticas e oscilam entre duas atitudes: ou aceitam passivamente tudo o que existe, por ser considerado como natural, divino ou racional, ou se rebelam individualmente, julgando que, por sua