A revolta protestante e a reação católica
Igreja católica, tão onipotente durante a Idade Média, recebeu duro golpe, no início do século XVI, com a Reforma Protestante. Nessa época, a instituição católica não andava muito bem. Caminhava em descompasso com as transformações de seu tempo. Por exemplo: condenava o lucro excessivo e a usura, numa época movida pela ambição dos mercadores. Além disso, havia uma série de graves problemas que tornavam a Igreja o alvo favorito das críticas da sociedade: a corrupção econômica do alto clero, a ignorância religiosa dos padres comuns e os novos estudos teológicos. Tudo isso confluiu para a Reforma Protestante que provocou a quebra da unidade cristã.
REFORMA PROTESTANTE
Durante a Idade Média, a …exibir mais conteúdo…
Por isso, a teologia tradicional católica condenava a obtenção do lucro excessivo, da usura, nas operações de comércio, defendendo a prática do preço justo.
Com o início dos tempos modernos, desenvolveu-se a expansão marítima e comercial e, dentro desse novo contexto, a moral econômica da Igreja começou a entrar em choque com a atividade da grande burguesia. Essa classe, empenhava no incremento do comércio, sentia-se incomodada com as concepções tradicionais da Igreja, que taxava de pecado a busca impetuosa do lucro. Assim, essa burguesia começou a sentir necessidade de uma nova ética religiosa, mais adequada ao espírito do capitalismo comercial. Essa necessidade ideológica da burguesia foi satisfeita, em grande parte, pela ética protestante, que surgia com a Reforma.
Convém frisar, entretanto, que nem todos os líderes reformistas estavam dispostos a incentivar as práticas do capitalismo. É o caso, por exemplo, de Lutero, que condenava severamente o luxo e a usura, propondo para os cristãos um ideal de vida modesto, sem a ânsia de lucro e a vaidade pelas riquezas materiais.
SENTIMENTO NACIONAL x UNIVERSALISMO
A Igreja católica, com sede em Roma e falando latim, apresentava-se como instituição de caráter universal, sendo um fator de unidade do mundo cristão. Entretanto, no século XVI, período de fortalecimento das monarquias nacionais, a defesa da unidade européia foi perdendo