A economia brasileira de 1985-1992

2429 palavras 10 páginas
A economia Brasileira de 1985-1992(de Sarney a Collor de Melo)
A condução da política econômica da Nova República elegeu o combate inflacionário como meta principal. De 1985 até o momento, isso foi tentado de diferentes formas, com uma série de planos econômicos que visavam a quedas abruptas da inflação intercalados por períodos de controle ortodoxos. Entre os planos destacam-se: Cruzado (1986), Bresser (1987), Verão (1989), Collor I(1990), Collor II(1991) e Real (1994). Percebe-se que de 1986 a 1991, praticamente em todos os anos, houve programas de combate à inflação. Esses planos tinham por base o diagnóstico da inflação inercial, trazendo como principal elemento o congelamento de preços. O quadro político se caracterizou como uma
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Contra isso foram adotadas medidas heterodoxas que incluíam: * Quanto ao salário, este deveria ser convertido pelo poder de compra dos últimos seis meses mais um abono de 8% e para o salário-mínimo este abono seria de 16%. Esse abono era eminentemente político e visava transferir renda aos assalariados. Além disso, introduziu-se a escala móvel- o “gatilho salarial”-, que seria acionada toda vez que a inflação atingisse 20%; * Quanto aos preços, estes foram congelados no nível de 28-2-86, com exceção da energia elétrica, que obteve aumento de 20%; * A taxa de câmbio foi fixada no nível de 27 de fevereiro, descartou-se a necessidade de uma maxidesvalorização compensatória ou defensiva, dada a folga cambial e a tendência à desvalorização do dólar em relação ás demais moedas; * Fim da correção monetária e criação de dificuldades para a realização de operações financeiras;

Os primeiros resultados foram espetaculares. Os preços congelados, efetivamente se mantiveram inalterados, e um apelo do presidente da República para que a própria população se envolvesse no plano, fiscalizando o congelamento e denunciando os infratores, provocou resultados inesperados. A adesão foi maciça. Em todo o Brasil, donas de casa, munidas com tabelas de preços da SUNAB (Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços, órgão do governo), eram protagonistas de verdadeiras cenas de histeria coletiva quando um gerente de supermercado ou estabelecimento comercial era

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