A Atividade Consciente do Homem e Suas Raízes Histórico-Sociais

1866 palavras 8 páginas
“A Atividade Consciente do Homem e Suas Raízes Histórico-Sociais”

Princípios Gerais
Diferenças entre a atividade consciente dos homens e o comportamento dos animais: - atividade consciente do homem não é ligada necessariamente a motivos biológicos mas sim a outras necessidades, como a de adquirir novos conhecimentos, de comunicação, de ocupar determinada posição em uma sociedade, etc. Às vezes, atividade consciente reprime motivos biológicos. - não é determinada por impressões evidentes recebidas do meio ou por vestígios da experiência. Homem pode interpretar as impressões do meio e tomar como base impressões mais profundas, como leis interiores daquela situação. Por exemplo, ao sair de casa no outono um homem pode levar um
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Surgimento da linguagem não provem do âmago do organismo, e sim das relações sociais do trabalho. Não é possível observar diretamente as condições que originaram a fala, mas sim as hipóteses por via indireta. Linguagem vem da necessidade de transmitir a outros homens certa informação. Primeiros sons vem do processo do trabalho conjunto. No início só era possível interpretar o significado dos sons e grunhidos feitos através dos gestos e entonações que os acompanhavam, e na situação em que eles surgiam. Nessa época, o mesmo som podia designar diversos objetos, dependendo do gesto que o acompanhava. Somente mais tarde os sons evoluíram para uma linguagem de sons independentes. Primeiramente surgiram palavras autônomas para definir objetos específicos, depois essas palavras passaram a distinguir ações e qualidade.
Três mudanças essenciais causadas pelo surgimento da linguagem: com a possibilidade de designar objetos e eventos com palavras isoladas ou combinações de palavras, o homem se tornou capaz de dirigir sua atenção para eles e conservá-los na memória. Isso quer dizer que o homem se tornou capaz de lidar com esses objetos mesmo em sua ausência. LINGUAGEM DUPLICA O MUNDO PERCEPTÍVEL.
Palavras de uma língua não indicam apenas determinadas coisas, mas abstraem as propriedades essenciais destas. Por exemplo, a palavra cadeira não designa apenas uma cadeira específica, mas

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