O presente artigo tem por objetivo apresentar e discutir uma atividade realizada com estudantes[1]de 10 a 16 anos da 4ª série de um CIEP da cidade de São Gonçalo, RJ. Esta atividade faz parte de um projeto de Iniciação à Docência composto por universitários de diversos cursos da Faculdade de Formação de Professores – FFP – da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. O desenvolvimento deste trabalho deu-se em três etapas: 1 – produção de texto com tema Você é professor. Conte como foi seu dia; 2 – elaboração e correção de um jornal com textos produzidos; 3 – correção dos textos e produção de quadro comparativo, feito pelos alunos. A análise da atividade considerará duas perspectivas principais: a pedagógica, na qual apresentaremos a necessidade e a importância do ensino produtivo de língua portuguesa; e a discursiva, na qual verificaremos como discursos produzidos através dos textos explicitam vivências, necessidades e desejos destes estudantes.
Palavras-chave: educação, aulas de português, ensino produtivo, discurso.
Abstract: This article intends to present and to discuss a work done with students who are from 10 to 16 years old. They study in the 4th grade of an Integrated Center of Public Education (CIEP), at São Gonçalo, a city of Rio de Janeiro. This work is part of a project made by Language, History and Geography students from the Teacher Education Undergraduate Course at University of the State of Rio de Janeiro. The development of this activity consists in three steps: 1 – text production with the theme You are a teacher. Tell us how was you day; 2 – elaboration of a newspaper with the student"s texts, already corrected; 3 – correction of their texts and production of a comparative box, made by them. The analysis of it will consider two main perspectives: the pedagogic, in which we will present the necessity and importance of the productive teaching; and the discursive, in which we will verify how the discourses produced can show us their needs, experiences and wishes.
Key-words: education, Portuguese classes, productive teaching, discourse.
Este artigo nasceu da elaboração e análise de um trabalho realizado com alunos da 4ª série de um CIEP da cidade de São Gonçalo, RJ. O objetivo deste e de outros trabalhos realizados por nós, grupo de universitários da Faculdade de Formação de Professores – FFP – da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, é aprimorar/facilitar o processo de aprendizagem dos alunos, a fim de torná-lo mais prazeroso, tanto para o professor quanto para o estudante.
Neste texto, conheceremos a escola[2] na qual o projeto está inserido, o objetivo e a estrutura deste e daremos foco à elaboração e correção de um jornal, produzido com a descrição/narração dos alunos sobre o tema Você é professor. Conte como foi seu dia.
A análise da atividade considerará duas perspectivas principais: a pedagógica, na qual apresentaremos a necessidade e a importância do ensino de língua portuguesa baseado na tríade ação > à reflexão > à ação, explicitado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN); e a discursiva, na qual verificaremos como discursos produzidos através dos textos explicitam vivências, necessidades e desejos destes estudantes. Ambas as perspectivas são fundamentais para conhecermos melhor nossos alunos e podermos refletir e transformar nossa sala de aula.
A escola, localizada às margens de uma rodovia, tem a mesma arquitetura que os outros CIEPs. Possui uma piscina que não é utilizada, uma quadra de esportes coberta, um refeitório, um grande gramado por onde as crianças costumam rolar na hora da saída e uma biblioteca em reforma.
Os alunos da 4ª série estudam no terceiro andar da escola. As paredes do corredor são azuis, ao contrário das paredes do segundo andar, onde ficam as salas dos menores. No segundo andar, os corredores possuem desenhos de animais e flores.
Em cada andar, há um inspetor responsável por abrir e fechar o portão do corredor. Houve casos em que o inspetor foi à sala verificar com a professora se realmente ela teria deixado o aluno ir ao banheiro. O inspetor também vai à sala quando percebe que há muito barulho e pergunta à professora A se ela quer que ele leve o(s) aluno(s) barulhento(s) até a sala do diretor.
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