Abordagem performática a objetos de aprendizado



  1. GT 2 – EAD e mediação pedagógica
  2. Apresentação
  3. A abordagem performática ou da atuação
  4. A atuação no sistema MOODLE de gerenciamento do aprendizado
  5. Resultados parciais obtidos
  6. Referências bibliográficas

GT 2 – EAD e mediação pedagógica

O artigo expõe a abordagem performática a objetos de aprendizado (OA) discutindo seus limites e possibilidades educ ativas particularmente no sistema gerenciador de aprendizado MOODLE. A partir da pré-configuração de um curso em semanas nesta plataforma SGA busca-se acompanhar como podem ocorrer, através do ensino semi-presencial, procedimentos clínicos e ludopedagógicos a objetos de aprendizado numa perspectiva interacionista. A atividade, o desenvolvimento cultural e o processo de (re)educação continuada do sujeito são investigados e promovidos através do seu engajamento espontâneo na (co)laboração de um e-coletivo autônomo – no caso, as turmas cadastradasem salas de aula virtuais.

Palavras-chave: Atividade – Desenvolvimento cultural –Educação continuada – Educação à distância – OA(LO) -Psicologia performática – SGA(LMS)

Apresentação

A otimização pedagógica dos sistemas de gerenciamento do aprendizado (SGA ou Learning Manager System/LMS) pode apresentar-se como desafio lúdico a todos enredados no/pelo aprendizado eletrônico (elearning).

Uma vez já amplamente constatada a necessidade de "repensar os processos de formação inicial e permanente [dos sujeitos]... nos ambientes online ... indo além de [sua compreensão enquanto] meros receptores de dados" (ALVES e SOUZA, 2005) sugere-se, neste artigo, uma abordagem performática a objetos de aprendizado (OA ou Learning Object/LO)-concebidos aqui de modo mais abrangente, isto é, como toda "entidade digital ou não-digital, conteúdo ou componente de software, capaz de ser usado, reutilizado ou referenciado durante o processo de aprendizado provido por algum tipo de tecnologia" (GIRARDI, 2004, p. 36).

Trata-se então de expor adiante alguns resultados parciais obtidos com a implementação de salas de aula virtuais por parte do Laboratório de Educomunicação-EducomLab do Grupo de Estudos e Pesquisas em Atividade, Desenvolvimento Cultural, Educação Continuada e à Distância-GEPADEad < http://br.groups.yahoo.com/group/gepade/ > do Departamento de Educação/Campus XV da Universidade do Estado da Bahia-Uneb em Valença/Ba. O GEPAEaD congrega, no momento, os professorespesquisadores Andréa Lago, Ricardo Japiassu e Vânia Valente entre outros.

A abordagem performática ou da atuação

Na década de setenta, psicoterapeutas sob a liderança de Fred Newman (teatro-educador, terapeuta, filósofo, dramaturgo e ativista político norteamericano) assumem o compromisso de "não causar mal nenhum" às pessoas que eventualmente os procurassem em busca de "tratamento" (HOLZMAN, 2005).

Acreditando que muitas das interpretações, discursos, diagnósticos e "rótulos" da psicologia tradicional incomodavam uma quantidade expressiva de pessoas, esses profissionais da psicologia decidem criar ummétodo terapêutico alternativo que não mais se encontrava fundamentado nas tradicionais afirmações psicológicas de caráter "medicalizante" sobre o sujeito, sobre seus sentimentos e suposta "doença" mental.

Como explica a professora doutora Lois Holzman, colaboradora de Newman há 30 anos, atual diretora de pesquisas e coordenadora do centro de treinamento de pessoal onde a terapia social vem sendo desenvolvida e ensinada, "naqueles anos iniciais, se você nos perguntasse o que era a terapia social, nós diríamos que ela era sobretudo uma anti-psicologia." (HOLZMAN, 2005)

No decorrer dos anos oitenta as práticas terapêuticas em desenvolvimento no East Side Institute for Group and Short Term Psychotherapy de Nova Iorque < http://www.eastsideinstitute.org/> revelam que ocorre, no processo terapêutico, bem menos a resolução de problemas e muito mais o CRESCIMENTO EMOCIONAL E SOCIAL DA PESSOA.

O alinhamento dos membros do grupo à perspectiva histórico-cultural da psicologia, postulada originalmente por Lev Vygotsky, os auxiliou a superarem uma concepção desenvolvimentista da psicologia, tradicionalmente assentada sobre a noção de "comportamento."

Desde então, os terapeutas sociais tem defendido a ATIVIDADE humana – e não o "comportamento" - como o objeto por excelência da psicologia.

Para isso teria contribuido particularmente as idéias do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein. A defesa wittgensteiniana da existência de um discurso hegemônico aprisionado por explicações causais e pelo "enrijecimento mental" do sujeito conduziu o grupo do East Side Institute for Group and Short Term Psychotherapy de Nova Iorque ao entendimento de que os processos terapêuticos são, antes de tudo, caminhos através dos quais as pessoas podem vir a se relacionar com a linguagem e as práticas discursivas coletivas.


Página seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.