Indicador é o instrumento que permite mensurar as modificações nas características de um sistema, ou seja, os indicadores devem estabelecer, para um dado período, uma medida da sustentabilidade do sistema (DEPONTI, 2002).
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Segundo Branco Filho (2006), os indicadores são dados numéricos estabelecidos sobre alguns processos que se deseja controlar.
De acordo com Kardec & Flores apud Oliveira (2008, p. 32), "indicadores são guias que permitem medir a eficácia das ações tomadas, bem como, medir desvios entre o programado e o realizado. Através dos indicadores é possível fazer comparações ao longo do tempo".
Os indicadores utilizados pela manutenção desempenham um papel importante para a avaliação das atividades desenvolvida por esta função, fornecendo subsídios para a gerência, no sentido de direcionar as atitudes com relação a mudanças que devem ser realizadas para o aumento da eficiência e maximização dos resultados (Oliveira, 2008).
Conforme Viana (2002) a implantação dos indicadores utilizados pelo setor de manutenção devem está relacionados aos aspectos que a empresa entenda que sejam importantes e agreguem valor à gestão do setor. Não deve-se consumir recursos no levantamento e implantação de indicadores que não contribuirão no desenvolvimento das atividades de manutenção e conseguintemente serão subutilizados.
A utilização dos indicadores destinados a manutenção permitem, de acordo com Seeling (2000):
Avaliar a qualidade dos serviços prestados;
Identificar problemas existentes ou potenciais;
Controlar as atividades do setor de manutenção;
Definir a distribuição dos recursos;
Verificar os resultados obtidos e confortar com os objetivos traçados.
Parker apud Sperancetta (2005) complementam com os seguintes objetivos, que a implantação dos indicadores pode proporcionar:
Analisar se as estratégias estão alinhadas a necessidade dos clientes;
Conhecer seus pontos fortes e fracos e identificar onde as melhorias são necessárias;
Assegurar que as decisões sejam decididas em fatos e não por suposições.
Conforme Branco Filho (2006), podemos classificar os diversos indicadores existentes de acordo com os aspectos da capacitação da mão-de-obra da manutenção, capacidade produtiva, desempenho das máquinas, mão-de-obra, financeiros e por último, relacionado à gerência de material.
Devido à existência de incontáveis indicadores, na atualidade são utilizados os indicadores denominados de "Índices de Classe Mundial", denominados dessa forma, por serem os indicadores mais utilizados pelas empresas (VIANA, 2002), que são:
Tempo Médio Entre Falhas (TMEF) ou Mean Time Between Failures (MTBF);
Tempo Médio de Reparo (TMR) ou Mean Time To Repair (MTTR);
Tempo Médio Para Falha (TMPF);
Disponibilidade Física (ou Operacional);
Custo de Manutenção por Faturamento;
Custo de Manutenção por Valor de Reposição.
O TMEF permite determinar as médias dos tempos de funcionamento de cada item ou equipamento reparável entre uma falha e outra (BRANCO FILHO, (2006).
A severidade deste indicador é a de observar o comportamento das máquinas, diante das ações de manutenção. O TMEF é determinado com a divisão da soma das horas disponíveis do equipamento para a operação (HD), pelo número de intervenções corretivas neste equipamento no período (NC).
TMEF = HD / NC
Se o valor do TMEF com o passar do tempo for aumentando, será um sinal positivo, pois indica que o número de intervenções corretivas vem diminuindo, e conseqüentemente, o total de horas disponíveis para a operação aumentando (VIANA, 2002).
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