Histórial da carreira docente

Enviado por Antónia Sara Java


  1. Introdução
  2. Evolução histórica da profissão docente
  3. Formação inicial
  4. Imagem do professor
  5. Conclusão
  6. Bibliografia

Introdução

Neste trabalho pretendemos esclarecer alguns aspectos da profissão docente. Dado tratar-se de uma profissão que abrange um largo leque de aspectos, os aqui tratados são alguns entre muitos. Não nos foi fácil escolher quais os pontos a debater, no entanto, pensamos que esta abordagem irá mostrar o que é isto de ser professor.

Começamos pela evolução histórica para compreendermos melhor o porquê de esta profissão se encontrar nesta fase. Segue-se depois o percurso do docente, a apresentação das suas características base (embora aqui devamos ter em atenção que são muitas as variáveis), os papéis a desempenhar e suas funções . Os tempos são de mudança e os papéis mudam, devendo actualmente o professor ter essas questões em atenção.

A questão da educação encontra-se muito em voga em. Uma mudança de atitudes está a surgir no nosso país, apercebendo-se cada vez mais da importância que este campo constitui para uma real evolução do país. Constituindo um pequeno apanhado do discutido esperamos que algumas dúvidas se esclareçam e que este trabalho sirva de mote para abrir discussão sobre este tema.

Evolução histórica da profissão docente

Começa-se por falar de ensino a partir do século XVI. Começou a cargo das congregações religiosas, com especial destaque para os jesuítas. O ensino estava fortemente ligado ao poder clerical sendo os professores na maior parte das vezes também sacerdotes. Este tipo de ensino prolongou-se até aproximadamente ao século XVIII. Só estava reservado a uma elite e servia meramente como actividade acessória.

A partir do século XVIII procedeu-se a uma grande mudança no ensino. Este passou das mãos do Clero para o poder do Estado. Esta mudança não foi estabelecida de uma maneira muito brusca. Foi o Marquês de Pombal quem inaugurou na Europa as reformas estatais de ensino. A sua grande preocupação foi a de constituir um corpo laico de professores que pudessem servir de agentes do estado nas diversas localidades e povoações do país, essencialmente passar a tutela do ensino para o Estado. A intervenção do Estado vai provocar uma homogeneização, uma unificação e uma hierarquização à escala nacional, de todos estes grupos, os professores aparecem, então como corpo profissional. A elaboração de um conjunto de normas e de valores é largamente influenciada por crenças e atitudes morais e religiosas. A princípio, os professores aderem a uma ética e a um sistema normativo essencialmente religiosos.

No século XIX a expansão escolar acentua-se sob a pressão de uma procura social cada vez mais forte: "a instrução foi encarada como sinónimo de superioridade social, mas era apenas o seu corolário" (Furet e Ozouf, 1977). As escolas responsáveis pela formação dos professores começam a surgir e os professores adquirem um estatuto social. Este estatuto não está inserido nos outros já presentes, visto eles não estarem propriamente relacionados com o clero, nobreza, povo ou burguesia. Mas a comunidade tem bem presente a sua importância e a necessidade de criar boas condições para eles.

A visão de que os professores são necessários para uma evolução do país torna-se cada vez mais presente. Assim, procurou-se fazer da educação o instrumento político de afirmação como regime. Elaboram-se políticas de combate ao analfabetismo e tentou-se criar uma nova consciência cívica.

Formação do Professor

A sociedade exige, crescentemente, um professor qualificado, tanto nos planos científico e tecnológico como nos planos culturais e pedagógico. Só através de uma qualificação adequada, o professor terá condições de desempenhar eficazmente as funções que lhe compete, quer no sistema educativo quer na sociedade.

Sabe-se que a formação do professor é um processo que ocupará toda a duração da sua actividade profissional, distinguindo-se três grandes componentes estruturais: a formação inicial, a formação contínua e a formação especializada.

No entanto nenhuma destas componentes age isoladamente, a sua articulação com as restantes é inevitável, interferindo-se sistematicamente os seus campos específicos. Em termos de organização institucional da formação, significa isto, por exemplo, que a formação inicial deve logo pressupor o seu desenvolvimento na formação contínua e a sua diversificação na formação especializada.

Sentir-se professor ou assumir-se como professor é o resultado de um processo evolutivo, construído dia a dia e ao longo dos anos, desde o momento da opção pela profissão docente, à custa, fundamentalmente, de um saber experiencial, resultante do modo como os professores se apropriam dos saberes de que são portadores, que deverão reconceptualizar; da capacidade de autonomia com que exercem a sua actividade; e do sentimento de que controlam o seu trabalho (Nóvoa, 1992).


Página seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.