As atividades de manutenção possuem a finalidade de manter o equipamento em condições adequadas para o seu funcionamento. Essas atividades podem ser classificadas como: manutenção corretiva planejada e não planejada;manutenção preventiva; manutenção preditiva; manutenção detectiva e engenharia de manutenção (PINTO e XAVIER, 2001).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através da Norma Brasileira Regulamentadora - NBR 5462 (1994), define a manutenção como: "a combinação de ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida".
Segundo, Moros e Auras (2007), a realização das atividades de manutenção dentro de uma empresa possui os seguintes objetivos:
Manter equipamentos e máquinas em condições de pleno funcionamento para garantir a produção normal e a qualidade dos produtos;
Prevenir prováveis falhas dos elementos das máquinas.
Pinto e Xavier (2001) destacam o objetivo da manutenção como o de: "garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de produção ou de serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do meio ambiente e custos adequados".
Manutenção é o termo usado para abordar a forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de suas instalações (SLACK, CHAMBERS E JOHNSTON, 2002).
Já Tavares (1987), define manutenção como todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condição especificada.
Para Mishawka e Olmedo (1993), manutenção é o conjunto de atividades e recursos aplicados aos sistemas ou equipamentos, visando garantir a consecução de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazos, de custos e de vida útil adequados.
Os primeiros registros de manutenção datam do século X, quando os vikings dependiam fortemente da manutenção para manter seus navios em perfeitas condições para as batalhas (PASCOLI apud SILVA, 2004).
De acordo com Tavares (1987), a história da manutenção caminha com o desenvolvimento técnico-industrial da humanidade. A manutenção tinha importância secundária e era executada pelo mesmo efetivo de operação até 1914. Mas, com o advento da primeira guerra mundial e a implantação da produção em série, instituída por Ford, as empresas sentiram necessidade de criar equipes que pudessem efetuar reparos em máquinas no menor tempo possível. Assim surgiu um órgão subordinado à operação, cujo objetivo básico era de execução da manutenção, conhecida hoje como corretiva.
Já a partir dos anos 30 a historia da manutenção pode ser dividida em três gerações com os seguintes aspectos (PINTO E XAVIER, 1999):
A primeira geração abrange o período antes da segunda guerra mundial, quando a indústria era pouco mecanizada. Como demonstra o quadro 1, nesse período a manutenção era, fundamentalmente, corretiva, ou seja, o conserto era feito após a falha.
Devido a conjuntura econômica da época, a produtividade não era prioritária. Logo, não era necessária uma manutenção sistematizada.
Na segunda geração, que vai desde a segunda guerra mundial até os anos 60, houve forte aumento da mecanização, bem como da complexidade das instalações industriais. Novas técnicas de manutenção começaram a serem utilizados, como computadores grandes e lentos, sistemas manuais de planejamento e controle do trabalho e monitoração por tempo. Neste período surgiu o conceito de manutenção preventiva, pois se evidenciou a necessidade de maior disponibilidade e confiabilidade, na busca de produtividade. A indústria estava bastante dependente do bom funcionamento das máquinas. Com isso se conquistou maior vida útil do equipamento.
A terceira geração surgiu a partir da década de 70. Neste período o crescimento da automação e da mecanização passou a indicar que confiabilidade e disponibilidade tornaram-se pontos chave em setores tão distintos como o transporte, os serviços quanto saúde, processamento de dados, telecomunicações e gerenciamento de edificações.
Maior automação também implica a ocorrência de falhas cada vez mais freqüentes que também afetam a capacidade de manter padrões de qualidade estabelecidos. Por tudo isso, nessa geração reforçou-se o conceito de manutenção preditiva.
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