O mundo capitalista passa por muitas transformações, e principalmente no seu modo operacional. No princípio, tínhamos um sistema que pouco se importava com os danos causados nas relações sociais e ambientais. Esse modelo se arrastou por muitos anos, com pensamento predominante de obter o lucro acima de tudo, e a exploração extrema da natureza, devido ao fato de acreditarem na capacidade infinita da natureza em prover insumos para sua produção. Contudo, verificou-se que esse modelo era insustentável, tanto para as relações sociais quanto ambientais, e a força da destruição causada por anos de descaso se voltou contra o modelo. Veremos, nesse trabalho, que a natureza protagoniza inúmeras catástrofes mundo a fora em, grosso modo, retaliação ao maus tratos recebido. Ainda, concernente ao pensamento do capitalismo clássico, temos o crescimento da violência e criminalidade como conseqüência da falta de comprometimento do modelo com o ser humano. As relações sociais trabalhista eram a mais degradante possível, não concebendo dignidade ao trabalhador nem respeito pela sua condição humana. A proposta desse trabalho, é mostrar que essa visão míope começa a mudar no século dezenove e ganha força nos séculos seguintes, com diversas ações de organismos preocupados com a continuidade da vida na terra.
A metodologia utilizado foi a revisão bibliográfica. Seu objetivo principal foi percorrer os diversos autores do que abordam o assunto de sustentabilidade e mostrar que o novo modelo capitalista sofreu mutações para se adaptar a realidade que ele próprio criou. Veremos, destarte, que muita coisa mudou. Contudo, precisamos estar vigilantes pois ainda há muito a ser feito.
Palavras-chave: Responsabilidade Socioambiental - RSA. Desenvolvimento Regional Sustentável-DRS. Sustentabilidade nos Negócios. Capitalismo Sustentável.
Veremos ao longo deste trabalho a transformação e a organização da produção ao longo de alguns séculos, passando pelo período feudal, capitalismo industrial e capitalismo moderno. O objetivo dessa viagem será compreender a interferência, de cada uma dessas fases, no tocante aos impactos sociais e ambientais. O objetivo principal foi mostrar que o capitalismo é um sistema em constante evolução, e que esse mecanismo, de metamorfosear-se, funciona como forma de sobrevivência.
No período medieval temos o feudalismo, que não se pode chamar de capitalismo. Contudo, tem-se, aí, um sistema de produção rudimentar que propiciou, mais tarde, ao modelo de capitalismo que conhecemos. No sistema feudal o impacto das relações entre homem e meio ambiente era, de certa forma, branda. As transformações implementadas eram pormenores, devido ao fato de não existir produção em escala e nem transformações químicas que gerassem resíduos que pudesse causar danos de grande monta ao ecossistema. Sendo assim, os maiores impactos se resumiam às relações sociais.
Adiante, teremos o período do capitalismo industrial. Esse sim, é um sistema que vai se desenvolver com todos os ônus do seu poder, construtivo e destrutivo, ao mesmo tempo. Contudo, seus paradigmas irão mudar por questões de sobrevivência, como mencionado anteriormente. Tendo em seu novo modelo a necessidade de modificar seus modos operacionais para não ser tragado pela evolução do pensamento social. Dentro dessas transformações estão os conceitos de responsabilidades sociais, desenvolvimento regional sustentável e negócios sustentáveis, dentre outros. Sendo assim, veremos que aquilo que anteriormente nem era lembrado, hoje faz parte dos balanços contábeis das corporações do mundo todo, umas no passivo outras no ativo.
No primeiro capitulo abordamos, como mencionado acima, o processo de produção do período feudal ao capitalismo. Esse ínterim é riquíssimo em relações sociais diferentes do que estamos acostumados nos tempos modernos. Seu regime de trabalho e escravidão não se iguala ao que conhecemos, por exemplo, as implantadas pelos ingleses e portugueses. Desta forma, não poderíamos pensar em capitalismo se não procurássemos compreender como se deram essas relações que se inicia no feudalismo.
No segundo capitulo tratamos dessa nova ótica do capitalismo, o socioambiental. Buscamos retratar os novos conceitos e praticas acadêmicas no trato das relações socioambitais, principalmente pela ótica das corporações (indústrias). Trouxemos para reflexão os conceitos de sustentabilidade nos negócios e o desenvolvimento regional sustentável, de tal forma que subsidiasse nossa interpretação de metamorfose do capitalismo. A compreensão de tais conceitos nos ajudará a fazer uma leitura mais criteriosa dos últimos acontecimentos e como a sociedade em geral está se organizando para enfrentar os problemas causados por anos e anos de maus tratos com o social e o ambiental, na relação capitalista. Os avanços da destruição da natureza e das relações sociais estão aflorados, e as inversões de responsabilidades são constantes nos atuais níveis sociais. Por conseguinte se faz necessário, ao nosso ver, o aprofundamento dos estudos e discussões sobre o tema, que não se esgota, e é crucial para a continuação da vida no planeta.
Página seguinte |
|
|
O maior Centro de Teses, Documentos, Publicações e Recursos Educativos da Rede.
Termos e Condições | Entre em Contato | Privacidade | Não venda minhas informações pessoais
© Monografias.com S.A.