SOBRE A LIBERDADE NA CORÉIA DO NORTE: LIBERALISMO E MARXISMO1

Renata Oliveira2

Resumo: O presente artigo trata da questão da liberdade nas teorias que se contrapõem, a saber: liberalismo e marxismo. A liberdade está inserida no ideal de democracia junto com a igualdade. Tomando a Coréia do Norte como estudo de caso, o texto pretende mostrar que há restrição da liberdade individual e dos direitos civis no devido país enquanto há ênfase na igualdade entre todos.

Palavras-Chave: Liberdade, Liberalismo, Marxismo, Igualdade, Coréia do Norte, Cidadania, Marshall.

Abstract: The present article addresses the issue of liberty in the theories that are opposed: liberalism and marxism. The liberty is inserted in the ideal of democracy …exibir mais conteúdo…

Serão também usadas as classificações de ONGs que medem o grau de liberdade e restrição de direitos civis e o modelo de Marshall como padrão para confirmar a hipótese de que a Coréia do Norte se enquadra em um nível de supressão de liberdades e ignorância dos direitos civis e políticos ao passo que se enfoca os direitos sociais.
A pesquisa bibliográfica a ser utilizada serão os canais formais como livros e artigos. O pensamento contido nas obras de Bobbio, Marx, Tomaz e Tonet bem como as bases da teoria liberal e socialista serão de vital importância para a análise do assunto.

Liberdade e Liberalismo

No liberalismo, o conceito de liberdade é bastante utilizado, pelo menos teoricamente, pelos Estados que se dizem liberais e que priorizam as liberdades individuais, civis e econômicas como se estas “liberdades” adquirissem o total sentido da democracia. O conceito de liberdade é inserido no imaginário ocidental de tal forma que, sem a democracia, ou seja, sem a liberdade, qualquer regime deixa de ser legítimo, pois este é um dos primeiros aspectos que o governo deve reconhecer para com seus cidadãos. Usa-se hoje a democracia como um conceito chave, algo que não pode ser desmembrado da sociedade civil.
Sendo assim, “o conceito de liberdade, para os liberais, é um patrimônio exclusivo do indivíduo, e não da sociedade” (Tomaz, 1999:30). O mesmo autor também afirma que a sociedade indivualista é o local apropriado para o desenvolvimento e alcance das