Resumo e comentário: meditações metafísicas i e ii – rené descartes.

1851 palavras 8 páginas
Resumo e comentário: Meditações Metafísicas I e II – René Descartes.

A proposição da primeira meditação metafísica de René Descartes é demonstrar razões pelas quais pode-se duvidar de todas as coisas, inclusive e principalmente, as materiais. O objetivo é defendido pela ideia de que a dúvida liberta “dos prejuízos”, prepara um caminho fácil para o espírito desligar-se dos sentidos – que é absolutamente necessário para o resultado que Descartes pretende buscar no total das seis meditações metafísicas: provar a existência indubitável de Deus – e, enfim, a dúvida torna impossível a existência de qualquer dúvida sobre o que depois se descobre verdadeiro.
Assim, inicia a meditação defendendo que ele mesmo, Descartes, havia percebido que
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E na discussão quanto ao carácter dessa enganação, se isso faria de Deus um ser maligno, e Deus é bom: se enganar é algo ruim, e Deus não pudesse permitir que Descartes se enganasse em tudo, tampouco poderia lhe permitir se enganar em alguma coisa¸ o que ele já provou ser inevitável. Logo se enganaria em tudo ou em nada. E como se engana em algo, a única coisa que protegeria Deus dessa maldade seria a ideia de enganar não ser algo ruim.
Descartes passa então a considerar outras possibilidades em sua criação: que não fosse um Deus perfeito. Que tivesse sido criado a partir de uma série de acontecimentos imperfeitos e aleatórios. A partir disso então, sendo a falha e o engano uma espécia de imperfeição, quanto menos poderoso fosse seu criador, maior será a probabilidade de enganar-se sempre.
Com esse pensamento, Descartes universaliza a duvida inicial, de todas as ideias que tinha serem falsas, pois agora tudo é duvidável e é preciso que seja para que se possa buscar o indubitável na ciência.
Ele substitui a ideia de um Deus engandor pela ideia do Gênio Maligno, que engana-o em tudo da mesma forma. A função é somente a de perpetuar a derrubada de suas falsas ideias anteriores a todo esse pensamento. Assim, esse Gênio o engana de tudo – ele nao tem sequer um corpo real, nada é real. Para que não possa ser enganado, Descartes tem então que não confiar em nada e

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