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5. A PARTIDA
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No dia 29 de Novembro de 1807, a nau Príncipe Real levava a bordo o príncipe regente, D. João, sua mãe, a rainha louca D. Maria I, e os dois herdeiros do trono, os príncipes D. Pedro e D. Miguel. Foi uma decisão arriscada. Um eventual naufrágio desse navio levaria para o fundo do oceano três gerações da Dinastia de Bragança O restante da família real estava distribuído em outros três navios. O destino era o Brasil e a razão da fuga era a invasão das tropas francesas que estavam a caminho de Lisboa, não havendo resistência por parte da Coroa portuguesa.
No século XIX, as viagens marítimas eram uma aventura arriscada e …exibir mais conteúdo…

A rotina de dedicação aos livros de Santos Marrocos foi interrompida, quando recebeu ordens de encaixotar o acervo da biblioteca e despachar para o cais de Belém. A correria foi inútil, pois no tumulto da partida todas as caixas ficaram esquecidas no cais.
A Lisboa da família Santos Marrocos era ima cidade conservadora, profundamente religiosa e de hábitos antiquados. Outros cronistas e viajantes a descreveram como uma cidade medieval, suja, escura e perigosa. A falta de higiene era um problema crônico. Atirava-se pela janela, sem qualquer aviso, a qualquer hora do dia agua suja, excrementos e urina acumulados. O problema causava pragas e doenças que afetavam a família real.
Marrocos estando no Rio de Janeiro, manteve uma correspondência regular com o pai e a irmã durante dez anos, foram escritas 186 cartas que, guardadas até hoje nos arquivos da Biblioteca de Ajuda em Portugal, transformaria o arquivista num personagem importante para a historia do Brasil e de Portugal.
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7. A VIAGEM
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A situação dentro dos navios era precária, os ambientes internos eram asfixiantes, não havia agua corrente nos banheiros e para as necessidades fisiológicas usavam-se cloacas. Por conta do calor