Introdução A mudança cultural está a configurar um novo tipo de crente: avesso à lei, à normas fixas e à institucionalização da experiência religiosa. Essa mudança manifesta-se de maneira muito clara nas relações interpessoais. O cristão, como qualquer outra pessoa, apresenta forte tendência à comercialização e ao consumo, o que afeta todos os aspectos da vida, assim como a qualidade das relações entre pessoas, além de apresentar um subjetivismo individualista. De acordo com G. Lipovestky, a hipermodernidade está se revelando muito mais complexa e ambígua do que poderia parecer numa primeira impressão. Em sua observação, afirma que no individualismo atual nem tudo é fechamento narcisista alheio a todo compromisso social e ecológico, mas, certamente, existe um individualismo a-social, fechado no eu, com atitude individualista irresponsável que procura a felicidade particular a todo custo. Porém, no interior da hipermodernidade, é possível encontrar um individualismo que preocupa-se também com a problemática social e com o desafio ambiental.

1. O caráter relacional da pessoa Todo ser humano é uma pessoa, sendo chamado a desenvolver a riqueza de dimensões que a constituem. Duas delas:
➢ INTERIORIZAÇÃO: Uma dimensão que faz com que a pessoa desenvolva, por exigência, a capacidade de ser dona de sua própria vida, rejeitando todo tipo de escravidão. Isso inclui, consequentemente, a exigência de desenvolver liberdade e responsabilidade, tomando suas decisões ou