Resumo do livro: ética para meu filho, de fernando savater
Fernando Savater
Advertência antipedagógica – Este livro foi pensado e escrito para os adolescentes, provavelmente ensinará pouco aos professores. O objetivo deste livro não é formar bons pensadores (nem maus pensadores), mas estimular o desenvolvimento de livres-pensadores.
Prólogo – Não quero o que aconteça comigo (o escritor) o que aconteceu com meu amigo. O pirralho lhe disse em tom sonhador: “papai, gostaria que a mamãe, você e eu saíssemos num barquinho para passar pelo mar”. Meu sentimental amigo respondeu: “Claro, meu filho, vamos quando você quiser!”. “E quando estivermos bem longe”, continuou fantasiando, “vou jogar os dois na água para se afogarem. Você não sabe que vocês pais nos …exibir mais conteúdo…
Na Antiguidade, um filósofo romano discutia com uma migo que negava a liberdade humana. O filósofo pegou sua bengala e começou a golpear o amigo com toda a força. “Pare, chega não me bata mais!”, dizia o outro. E o filósofo, sem parar de espanca-lo, continuou argumentando: “Você não está dizendo eu não sou livre e que não posso evitar fazer o que faço? Pois então não gaste saliva pedindo-me para parar: sou automático”.
Ao contrário de outros seres, nós podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de vida. Podemos optar pelo que parece conveniente para nós, em oposição ao que nos parece inconveniente. Esse saber-viver, ou a arte de viver, é o que se chama de ética.
Capítulo 2: Ordens, costumes e caprichos – Um barco está levando uma carga importante de um porto para o outro, durante o trajeto é surpreendido por uma tempestade. Para salvar o barco e a tripulação é necessário jogar o carregamento no mar. Dúvida: ele salva a tripulação ou a mercadoria?
Seu professor de voo perguntou-lhe: “Você está num avião, acontece uma tempestade e seu motor estraga. O que você faz?” O aluno respondeu: “Continuo com o outro motor.” “Esse também estragou.” “Continuo com o outro motor.” “De onde você tirou tantos motores?” “Do mesmo lugar que você tirou tantas tempestades”.
Devemos reconhecer que realizamos a maioria dos nossos atos automaticamente, sem dar muitas voltas em torno do assunto.
O despertador tocou cedo