Resumo das conferencias de michael foucault
A verdade e as formas jurídicas de Michael Foucault Conferências I, II e III
Introdução: interessante ler
A principal finalidade destas conferências é demonstrar as formas usadas para se obter a verdade nas diferentes situações históricas. Nesse sentido, Foucault entende as formas jurídicas e sua evolução no campo do direito penal como lugar de origem de um determinado número de formas de verdade, ou seja, para o autor certas formas de verdade podem ser definidas a partir da prática penal.
Portanto, na
Conferência I é feita uma leitura anti-epistemológica de alguns textos de Nietzsche para a diferenciação entre verdade e conhecimento.
Conferência II, através da análise da história Édipo - Rei de Sófocles, …exibir mais conteúdo…
Primeiramente, o autor nos lembra que em Ilíada, na contestação entre Antíloco e Menelau durante os jogos que se realizaram na ocasião da morte de Pátroclo, temos uma maneira singular de produzir a verdade jurídica que não é estabelecida por uma contestação, uma testemunha, um inquérito ou uma inquisição, MAS por um jogo de prova. A prova é característica da sociedade grega arcaica, no entanto também é encontrada em períodos posteriores, como mostra Foucault em sua próxima conferência. Foucault demonstra, de forma singular, outra forma de produzir a verdade jurídica que se desenrola ao longo de Édipo- Rei. Para resolver um problema que é também, em certo sentido, um problema de contestação, um litígio criminal – quem matou o rei Laio – aparece um personagem novo: a testemunha. Édipo- Rei é, portanto, a história de uma pesquisa da verdade que obedece exatamente às práticas judiciárias gregas da época, sendo uma espécie de resumo da história do direito grego. O mito é dividido em três partes de duas metades, onde fica claro que o conhecimento seria interpretado de forma diferente no tempo: move-se o conhecimento de algo que, * ainda não aconteceu para algo que já aconteceu, * da profecia para o testemunho, * dos deuses para o povo. Dentro desse mecanismo, Foucault, ao contrário de Freud, não vê Édipo como homem do esquecimento,