Resumo - as relações internacionais de ásia e áfrica
Paulo Fagundes Vizentini
A África (in)dependente/1945-98: Processos políticos, desenvolvimento e relações internacionais A maioria esmagadora dos países da áfrica obteve a independência há menos de quatro décadas. Esse breve período, contudo, foi marcado por um intenso processo histórico, com seus golpes de Estado, conflitos internos e externos, projetos políticos frustrados, bloqueio do desenvolvimento econômico-social e intensa intervenção das grandes potências. Na esteira do fracasso de vários modelos impostos a partir de fora, o chamado continente negro vai produzindo uma síntese rumo ao desenvolvimento.
Trata-se da retomada de uma evolução histórica local, distorcida pelo …exibir mais conteúdo…
O terceiro componente de apoio à emancipação colonial foi a crescente mobilização e consciência anticolonialista dos povos dominados, um resultado do conflito, também reforçado pelo apoio da URSS e da China Popular através da propaganda política, ação diplomática e, em alguns casos, de ajuda material.
O movimento de descolonização ocorreu em três grandes ondas. A primeira delas ocorreu no início dos anos 50, sobretudo na Ásia Oriental e Meridional, onde se deu a luta contra o Japão e o maior enfraquecimento do colonialismo europeu.
No início da década de 50, o epicentro do processo descolonizatório deslocou -se largamente para o mundo árabe (Magreb-Machreck), onde o conteúdo dominante foi o nacionalismo árabe de perfil reformista (Egito, Iraque, Argélia), até a passagem dos anos 50 aos 60. A partir desse momento, a África Subsaariana tornou-se o centro de uma descolonização grandemente controlada pelos ex-metrópoles europeias, adquirindo fortes contornos neocolonialistas.
A descolonização seguiu quatro caminhos básicos: a) um acordo da metrópole coma elite local para uma independência gradativa (África tropical); b)a exploração de divergências internas como forma de controlar o processo (como na Índia e Paquistão);
c) luta fracassada contra guerrilha revolucionária (guerra franco-vietnamita e argelina);
d) apoio à facção conservadora durante