Resenha sobre os capítulos 3, 4, 5, 6 e 7 do livro “A grande Transformação: as origens da nossa época” de Karl Polanyi [1944]

607 palavras 3 páginas
Na obra “A Grande Transformação”, Karl Polanyi procura mostrar os motivos de a Revolução
Industrial ter sido acompanhada de uma desarticulação social.
Primeiramente, utiliza-se o exemplo histórico dos cercamentos e das conversões da terra arável em pastagem para demonstrar como o ritmo intenso da revolução desarticulou a sociedade pré-capitalista.
Neste episódio, os “estragos sociais” só não foram insuportáveis para a população porque houve certo controle, por parte da dinastia, no ritmo dos cercamentos.
Quanto ao ritmo da revolução, seria plausível considerar que, caso ela acontecesse em uma economia de mercado, seu ritmo não seria impactante a ponto de causar uma desarticulação social. Por não ter acontecido nesta economia de mercado, deveria ser analisada do ponto de vista social, e não econômico. “O liberalismo econômico interpretou mal a história da Revolução Industrial porque insistiu em julgar os acontecimentos sociais a partir de um ponto de vista econômico.”
Para demonstrar tal afirmativa, portanto, o autor defende que a economia, até a revolução, estava “submersa” nas relações sociais do homem, e não nos seus interesses pessoais. Então, questionase: o que assegurava, portanto, a ordem na produção e distribuição de bens? Segundo o autor os princípios da reciprocidade e da redistribuição, basicamente, “leis sociais” que regiam as populações, garantiam tal ordem. Eles tinham em comum a inexistência da ideia de lucro, assegurada pelos princípios de

Relacionados