Resenha do texto:A significação do falo de Lacan

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Resenha do texto “A significação do falo” de Lacan (1958/1998)
O texto “A significação do falo” se situa no primeiro ensino de Lacan, em que predomina a lógica do significante e a relação da estrutura de linguagem à lógica do inconsciente.

Lacan se lança, principalmente na década de 50, em um retorno ao sentido de Freud, com o objetivo de desenvolver a afirmação de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, ou seja, que a fala e a linguagem ocupam lugar central na experiência psicanalítica: “o sentido de um retorno a Freud é um retorno ao sentido de Freud” (1955/1998: 406).

Para tal, ele procura estabelecer a relação entre o Édipo e o simbólico, tal como ele nos apresenta no texto “A significação do falo”. Ali ele destaca que “o complexo de castração inconsciente tem uma função de nó“ (1958/1998: 692), ou seja, que é a partir do complexo de castração, ao operar uma função de lei, que o sujeito é inscrito na ordem simbólica, enquanto dividido, desejante. Da mesma forma, sob a barra da castração e do recalque, o sujeito se inscreve na ordem fálica, que exerce a função de regulação do gozo sexual.

Contudo, a apreensão do falo enquanto significante requer um passagem do sujeito do campo da demanda para o campo do desejo. E como isso acontece?

Lacan (1958/1998: 697-698) nos explica que: a) a demanda é algo distinto da satisfação por que clama, b) ela é demanda de uma presença e ausência, c) suas características são elididas na noção de frustração.

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