O artigo Saussure e o Curso de Lingüística Geral: Uma Relação de Nunca Acaba de Maria Iraci Sousa Costa e o artigo Saussure- Benveniste de Claudine Normand tratam basicamente da vida e obra de Saussure, juntamente com a presença e posicionamento constante de Benveniste e outros autores. Entretanto, a primeira obra apresenta um posicionamento mais forte e mais assíduo de críticas, em contraste com a segunda, que se prende a relatar acontecimentos e posições de Benveniste quanto a Saussure, trazendo tardiamente para discussão o principio da arbitrariedade e também a questão da semiologia do signo lingüístico; apresentando uma avaliação mais contundente da obra pós-postuma do mestre genebrino. Ambas retratam as divergências que pairam sobre o Curso de Lingüística Geral; obra editada por Bally e Sechehaye, discentes de Saussure nos cursos ministrados pelo mestre, por meio dos manuscritos e anotações de Saussure; e a dimensão e controvérsias que esta obra acarretou e acarreta ate hoje.
A princípio, Sousa Costa exalta as críticas existentes a obra- Curso de Lingüística Geral- e as seus editores. (Sousa Costa, p. 107) O que Saussure havia deixado sobre os cursos eram apenas algumas notas manuscritas esparsas, que, segundo Bally e Sechehaye, eram insuficientes para a publicação de um livro. Alem disso, os idealizadores do projeto não haviam assistido integralmente aos cursos ministrados pelo mestre, e todo material que eles dispunham para a organização eram notas manuscritas de