Resenha Crítica
Trabalho de Campo Supervisionado I (TCSI)

Mattos, R. A., A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade), Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2004

O artigo tem como objetivo investigar e refletir sobre as diversas dimensões que a integralidade, um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), pode assumir nas práticas em saúde, facilitando assim o reconhecimento de experiências que estejam avançando nesse âmbito, e contribuindo para que cada vez mais atores se engajem na construção de práticas pautadas pela integralidade. De acordo com o autor, a integralidade está relacionada com pelo menos três sentidos, o da promoção da saúde, o da organização dos sistemas de saúde e um terceiro voltado para as práticas de saúde. O artigo é direcionado para a discussão a esse terceiro sentido, e defende a ideia de que para se ter integralidade, devemos articular prevenção e assistência. Para os serviços, isso significa criar dispositivos e adotar processos coletivos de trabalho que permitam oferecer, para além das ações demandadas pela própria população a partir de experiências individuais de sofrimento, ações voltadas para a prevenção. O princípio da integralidade é exercido por meio de um olhar atento, capaz de apreender as necessidades de ações de saúde do indivíduo no próprio contexto do encontro com a equipe de saúde. O artigo também defende a importância do profissional de saúde pesquisar e ter interesse em conhecer a realidade