Resenha : O último Cangaceiro
José Ribamar Ferreira, poeta, dramaturgo, crítico de arte, ensaísta, cronista e tradutor. Adotou o pseudônimo “Ferreira Gullar” em homenagem aos sobrenomes de sua familía.
Neste conto, nos é narrada história de um nordestino chamado Zé Jiló. Um pacato lavrador que vive com a mãe e a avó.
Dona Doquinha – a avó – regozijava contando a Jiló sobre episódios que presenciou no passado ao convívio com cangaceiros. A anciã destacava sempre a valentia que o líder daqueles possuía, e confessava que os momentos em que vivera ao lado do bando de Lampião, foram os melhores de sua vida. Mas sua filha repudiava essas histórias, considerando-as delírios de sua velha mãe,e temia que as narrações pudessem impressionar e influenciar o caráter de Zé. Mas Doquinha não se importava com a posição da filha, e continuava, sempre com muito entusiasmo, a contar as histórias a seu neto.
Em uma das histórias narradas para seu neto, ela disse que o Cangaço ainda vivia sobre as terras da “Caatinga de Parte Nenhuma”, na região de Macaúba, agora sob o comando de Lamparina, filho que herdara os aspectos físicos e morais do genitor, Lampião. Jiló, ao ouvir isto, ficou estupefato. Sua obsessão pelo cangaço crescia.
Então Dona Doquinha apresenta à Jiló a roupa que seu marido vestira no Cangaço: uma relíquia guardada por ela a sete chaves. A alegria entusiasmante encheu