Folclore brasileiro
O folclore brasileiro, apesar de ter raízes imemoriais, só começou a receber a atenção da elite nacional em meados do século XIX, durante o Romantismo, movimento que prestigiava as singularidades e as diferenças, consagrando os vários povos e tradições como dignos objeto de atenção intelectual. Naquele momento, acompanhando a mesma onda de interesse pela cultura popular que crescia na Europa e nos Estados Unidos, alguns estudiosos brasileiros, como Celso de Magalhães, Sílvio Romero e Amadeu Amaral, passaram a pesquisar as manifestações folclóricas nativas e publicar estudos sistemáticos.[1][2]
A partir de um primeiro interesse nos fatos da história oral, depois se passou a estudar a música, e …exibir mais conteúdo…
No relato de Travassos, resenhando ideias de Vilhena,
"A concepção de sociologia que predominou inicialmente nas universidades brasileiras destacava as deficiências de rigor científico dos trabalhos de folclore. De outro, divergências metodológicas entre folcloristas e sociólogos estavam entrelaçadas a concepções distintas da formação nacional. Enquanto os primeiros orientavam as pesquisas na direção das formas que evidenciassem fusões e sincretismos culturais, os segundos indagavam o grau de integração das camadas sociais e grupos étnicos. Finalmente, a 'tradição cultural nascente' que os participantes do movimento prezavam não tinha relevância para aqueles que, na linha dos folcloristas europeus, consideravam folclóricos os fenômenos identificados com um estrato cultural muito antigo. Assim, o movimento distanciou-se também das concepções européias e norte-americanas que adotam, respectivamente, os critérios básicos de antiguidade e oralidade na definição de folclore. As discordâncias devem-se, mais uma vez, ao peso das preocupações com a nacionalidade".[8]
Mascarados das cavalhadas de Pirenópolis
Esculturas populares de cangaceiros nordestinos
Ex-votos na Basílica de Aparecida
Além da pesquisa requisitou-se a participação das escolas como instrumentos de preservação e disseminação do folclore, acreditando-se que o caráter intervencionista e "artificial" dessa