Resenha: A Europa dividida 1559-1598
1656 palavras
7 páginas
RESENHA CRITICAElliot, J.H. A Europa dividida 1559-1598. Trad. Conceição Jardim, Eduardo Nogueira. Lisboa: Presença, 1985, pp. 53-76
Ary Albuquerque Cavalcanti Junior
(Graduado em História – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB) ajunior.ufrb@hotmail.com O autor inicia o capítulo III denominado “O problema do Estado”, nos informando que a primeira metade do século XVI fora um período em que o poder dos monarcas da Europa ocidental aumentara de forma significativa. Além disso, esse aumento também se deu no âmbito de seu conjunto, como as organizações administrativas, exércitos mais fortes e um fator importantíssimo, o controle maior sobre a igreja. Sendo assim, o poder do rei era visto de forma divina e como …exibir mais conteúdo…
Assim, o autor considera a primeira metade do século XVI, como um período de construção do Estado. Porém, o sucesso dessa classe causou insatisfação de forças governamentais, no receio de perderem seus espaços.
Dessa forma, Elliot afirma que:
“Numa sociedade em que o individuo tinha um papel secundário relativamente à família em que o título e posição social eram considerados os critérios primordiais do êxito, o funcionário régio pensava naturalmente no seu cargo como um meio de promoção social, que poderia vir a colocar a sua família entre as grandes casas do país”. (p. 61)
Nesse ínterim, o autor menciona a idéia de “corrupção” naquele período. Sendo esse resultante da falta de pagamento regular e dos baixos valores que eram atribuídos aos funcionários do Rei. Para tentar coibir essa prática, em “troca” de maiores rendimentos, os monarcas atribuíam cargos a seus funcionários. Algo que segundo Elliot, enfraquecia o poder real, uma vez que os mesmos se tornavam patrimônios familiares. Assim, com a contínua falta de rendimentos, a venda e a compra de cargos se tornaram corriqueiros. Como conseqüência, a idéia dos monarcas de um autoritarismo, esbarrava-se na falta de pagamento de seus funcionários e na própria desconfiança neles. Num segundo momento, Elliot nos indaga como os reis restaurariam sua solvência e aumentariam seus