Relatório de IPT sobre acidentes na estação pinheiros

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Relatório do IPT sobre acidente na Estação Pinheiros

Local do acidentes:

A Estação Pinheiros é composta pelo poço capri com 46m de diâmetro e 36m de profundidade, dois túneis de estação no sentido Faria Lima e Butantan com 18m de largura e 14m de altura, túneis de via com 10m de diâmetro onde trafegam os trens e por túneis de acesso sul e norte que permitem o acesso aos trens urbanos. A geologia é formada por um maciço rochoso com camadas de rochas alteradas em meio a rochas de boa qualidade. A rocha é foliada verticalmente com fraturas em diferentes direções com paredes alteradas algumas preenchidas com argila mole, entretanto essas características não impedem a escavação de túneis se essa for executada com projetos e métodos
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A partir daí a estabilidade do túnel piorou devido a detonações executadas e a ruptura do túnel já havia se instaurada conforme indicavam as leituras de recalque e convergência, trincas foram observadas e minutos mais tarde ocorreu o colapso total do túnel deixando 7 vítimas que se encontravam na superfície.

Método de investigação:

Após o colapso, foram feitas obras para contenção das paredes do poço e estabilização da área do túnel da Estação Pinheiros. Depois que a primeira fase desse processo foi concluída, o IPT realizou o mapeamento dos escombros compostos pó rochas, concreto e armaduras de aço. Os resultados desse trabalho visaram identificar o mecanismo de ruptura do túnel. Os estudos indicam uma sucessão de fatores e eventos que podem ter desencadeado o colapso da obra:

1) O projeto não considerou o modelo geológico do local e com isso foi empregado um modelo geomecânico deficiente e a estrutura foi projetada com suporte de baixa capacidade;
2) O projeto previa a escavação na condição drenada mas foi identificada um coluna d’água acima da calota que contribuiu para a instabilidade das paredes do túnel;
3) O aprofundamento significativo da rampa que não estava previsto no projeto;
4) O comportamento anômalo indicado pela instrumentação exigia ação para avaliação da estabilidade do túnel por meio de retroanálises, mas essas ações não foram realizadas;
5) Inversão de sentido de escavação da 1º rebaixo sem necessária verificação por meio de análises

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