RESENHA CRÍTICA: Estruturação da Estrutura Organizacional: o Caso de uma Empresa Familiar
Segundo Meyer e Rowan (1983) e Scott (1983) as regras institucionais substituíram as normas técnicas na especificação ambiental do funcionamento e desempenho organizacionais. Ao analisar as pesquisas apoiadas na teoria institucional, e compartilhar com grande parte dos argumentos formulados por seus adeptos, questiona-se, contudo, o pressuposto da inexorável homogeneização das práticas organizacionais por força das concepções sustentadas em uma arena ambiental comum.
Acredita-se que a estrutura das organizações constitui-se por meio da relação recíproca entre atributos formais e padrões de interação, intermediada por esquemas interpretativos que orientam o entendimento e a atuação perante as pressões institucionais. A relação organização-ambiente desenvolve-se de acordo com a interpretação dos agentes das exigências institucionais e da configuração das pressões contextuais, resultando em padrões de significado que modelam as formas das organizações.
Organizações e Forças Ambientais
O conceito de organizações formais vem norteando a teoria organizacional desde os primeiros estudos sobre o conceito weberiano de burocracia. “Organizações modernas são mantidas por sistemas de crenças que enfatizam a importância da racionalidade. Sua legitimidade aos olhos do público frequentemente depende de sua habilidade para demonstrar racionalidade e objetividade na ação” (Morgan).
A natureza dos procedimentos organizacionais depende, além de outros fatores, de um