1- Por que as Revoluções Científicas não podem ser tratadas como um processo de desenvolvimento acumulativo e quais as consequências deste fato?
Revoluções científicas são aqueles acontecimentos em que há uma mudança nas regras da ciência, quando o paradigma atuante muda. Não é acumulativo porque são dois paradigmas diferentes e não uma articulação do primeiro, são dois mundos diferentes e incomensuráveis. Não há como dizer que um é o desenvolvimento do outro, o melhoramento do outro. Como consequência dessa ruptura na prática da ciência normal há a modificação no sentido de conceitos fundamentais já existentes. Mesmo que o vocabulário e os instrumentos sejam os mesmos, há uma mudança na base do conhecimento, daquilo que é considerado …exibir mais conteúdo…

Como ele domina a sua área de estudo, pôde perceber algo que não havia sido previsto nem explicado por seu paradigma. Diríamos que ele fez uma descoberta nesse momento. Mas ainda não há nada que defina o que é esse “achado”. Há a criação de alguma teoria ou ideia que dê algum significado para isso. Por exemplo, é como se o oxigênio não existisse até que alguém criou uma teoria em que ele fazia sentido. Antes disso, não havia oxigênio, essa palavra não tinha significado nenhum. Então quando se encontra alguma coisa nova e algum significado é atribuído à ela (sendo ele permanente ou não) há uma descoberta.

7- Como se dá a transição entre ciência normal e ciência extraordinária? Explique.
De início, qualquer problema não resolvido da ciência normal é um quebra-cabeça que deve ser articulado para que se adeque ao paradigma. Quando um desses quebra-cabeças, por algum motivo específico, passa a ser considerado uma anomalia, a crise começa. A transição entre as ciências se dá nesse momento. Na ciência normal, o problema era só um quebra-cabeça, na ciência extraordinária, aquela ciência do período de crise, onde as regras estão indistintas e diversas teorias novas surgem, os próprios cientistas passam a considerá-lo uma anomalia,