Cada local possui uma ambiência própria que o caracteriza e cuja construção é cotidiana. A base dessa ambiência é a articulação entre muitos fatores visíveis e invisíveis que impregnam aquele lugar e definem sua identidade, influenciando o comportamento das pessoas que vivem no local ou o percorrem. Ela é composta por aspectos físicos, culturais, sociais, de uso e de temporalidade, entre outros, muitos dos quais operam de modo inconsciente (Thibaud, 2004).

Embora a área de Arquitetura e Urbanismo venha gradativamente se aproximando do conceito de ambiência considerando-a um importante diferencial para a compreensão do uso do espaço e sua projetação, a multiplicidade de elementos envolvidos nesse tipo de trabalho dificulta a realização dessas investigações, uma vez que uma pesquisa centrada em qualquer desses fatores (ou mesmo em alguns deles) não consegue abarcar totalmente a experiência vivenciada pelas pessoas nos inúmeros locais em que permanecem ou por onde passam.

Partindo dessa visão geral, e antecipadamente reconhecendo a limitação de trabalhos que enfoquem apenas partes dessa realidade, esse artigo propõe-se a refletir sobre possíveis interfaces entre o comportamento humano e a ambiência a partir da perspectiva