Preconceito linguístico nas escolas públicas brasileiras
Pricila Vieira
PUC-GO.
Resumo: Este artigo aborda os sérios problemas que a educação pública brasileira tem enfrentado ao longo dos anos e como os alunos sofrem preconceitos de teor lingüístico por terem sua forma de comunicação considerada não padrão. A linguagem e a cultura da classe dominante são impostas de maneira brusca e a classe dominada passou a ser inferiorizada num ambiente em que não deveria ser: A escola. O desejo aqui é compartilhar e entender que não se trata de deficiências, mas de variações e que nossa língua, o português, é rica em diversidade e isso sim, se trata de orgulho e não pode ser usada como uma forma de discriminação de classes sociais.
Palavras-chaves: Preconceito; linguagem; escola; língua estrangeira.
Introdução
Não é implícita a demonstração de preconceito lingüístico dentro de instituições que se dizem educacionais e que desvalorizam a linguagem das massas populares. Sobre o assunto é importante ressaltar que essa discriminação existe desde o início da escola no Brasil, quando a educação era destinada às classes mais favorecidas e por isso privilegiava a cultura e a linguagem delas. Em todo caso, o que se discute é até que ponto é possível considerar deficiente a linguagem de uma determinada classe social ou como julgá-la apta ou não para aprender uma língua estrangeira.
Em relação ao preconceito lingüístico existente nas escolas é discutível se ele está diretamente