Os Sete Primeiros Reis de Roma
Situada entre sete colinas, Roma teria tido também sete reis que reinaram 245 anos, isto é, sete vezes sete lustros (um lustro é um período de cinco anos). Na realidade, esse número é muito provavelmente uma ficção mitológica e, se alguns desses reis de fato existiram, as vidas que lhes são atribuídas pelos historiadores antigos têm caráter inequivocamente fantástico. De qualquer modo, a tradição apresenta à seguinte seqüência cronológica:
Fundação de Roma
753 a.C.
I. Rômulo
753-715 a.C
II. Numa Pompílio
715-673 a.C
III. Túlio Hostílio
673-642 a.C.
IV. Anco Márcio
642-617 a.C.
V. Tarquínio Prisco, ou o Antigo
616-579 a.C.
VI. Sérvio Túlio
578-535 a.C.
VII. Tarquínio, o Soberto …exibir mais conteúdo…
A cabana do Palatino não era, de resto, a única que subsistia da Roma arcaica. Havia outra no Capitólio, em frente do templo "maior" da Cidade, o de Júpiter Muito Bom e Muito Grande, e como as lendas não tem quaisquer preocupações de coerência, garantia-se que esta cabana capitolina também abrigara Rômulo ou o seu colega na realeza, o Sabino Tito Tácio. Não foi só desta vez que se multiplicaram as relíquias sagradas. No entanto, neste caso, as recordações lendárias são plenamente confirmadas pela arqueologia. Os restos de aldeias postos a descoberta no Palatino e necrópole do Fórum remontam, como demonstram os caracteres da cerâmica encontrada no local, a meados do século VIII a.e.c. e esta data corresponde à primeira ocupação do solo romano.
É sabido que, depois de adultos, os Gêmeos se fizeram reconhecer pelo avô, cujo reinado restabeleceram, e partiram para fundar uma cidade no local que tão favorável lhes fora. Para consultar os deuses, Rômulo escolheu o Palatino, berço da sua infância. Remo, porém, instalou-se do outro lado do vale do Grande Circo, no Aventino. Os deuses favoreceram Rômulo enviando-lhe o presságio extraordinário de um vôo de doze abutres. Remo, por seu lado, viu apenas seis. Coube, portanto, a Rômulo a glória de fundar a Cidade, o que fez de imediato, traçando, a roda do Palatino, um sulco com uma charrua; a terra revolvida simbolizava a muralha, o próprio sulco o fosso e, no local das portas, a charrua erguida simulava uma