Objetividade e subjetividade nas ciências jurídicas e sociais: durkheim e weber
Sumário
1. Durkheim e a objetividade da Sociologia
2. Weber e a subjetividade da Ciência Social: o método compreensivo
3. Aproximações e diferenças entre Durkheim e Weber
4. Bibliografia
RESUMO
O nascimento das ciências sociais no século XIX foi marcado pela reflexão sobre a especificidade do método que essas ciências deveriam obedecer, ao mesmo tempo pela preocupação em indicar o significado autônomo das relações de causalidade entre os fatos sociais em relação aos fatos naturais. Durkheim pretendeu, ao escrever As Regras do método sociológico, fundar a Sociologia como ciência, formulando-lhe um método propriamente sociológico, de modo que ela …exibir mais conteúdo…
O juramento começou por ser uma espécie de prova judiciária para se tornar simplesmente uma forma solene e imponente de testemunho, e desde séculos os dogmas religiosos do cristianismo não mudaram, mas o papel que desempenham nas sociedades modernas já não é o mesmo que desempenhavam na Idade Média.
A primeira conclusão que podemos formular na ótica de Durkheim é que a causalidade que produz um fato social não é suficiente para a explicação sociológica, pois o fato adquire um significado não causal, mais propriamente funcional, cuja característica principal é ser compreendido sempre dentro de um contexto, de um sistema, como é a própria sociedade. A analogia da noção de sistema é tirada da biologia:
“com efeito, na célula viva só existem moléculas de matéria bruta; simplesmente, estão associadas e é esta associação que é a causa dos fenômenos novos que caracterizam a vida e cujo germe é impossível encontrar em qualquer um dos elementos associados. Um todo não é idêntico à soma das partes que o constituem; é algo de diferente cujas propriedades diferem das que revelam as partes de que é composto. (...)Em virtude deste princípio, a sociedade não é uma simples soma de indivíduos, pois o sistema formado pela associação destes representa uma realidade específica que tem as suas características próprias. Sem dúvida que nada se pode produzir de coletivo sem que se manifestem