O inato e o adquirido do genero
É já frequente ouvirmos aquela afamada frase que um verdadeiro génio é 5% talento e 95% de trabalho. Será? Pergunto eu (embora deixe já aqui clara a minha plena convicção que assim seja). Como podemos nós medir a relevância do inato e do social? Em que medida é que a nossa compleição genética pode de algum modo ser determinante ou decisiva na nossa estruturação cognitiva e, por arrastamento, na percepção que cada um de nós irá eventualmente ter daquilo que nos rodeia, na forma como encaramos a nossa vida e no seu impacto sobre as nossas capacidades, que podemos leigamente designar de “dom natural” (ou falta dele)? E ao acreditar neste seu carácter peremptório de que forma é que podemos não dizer que as …exibir mais conteúdo…
Se a própria dedicação e motivação com que se treina são também elas qualidades socialmente construídas? Mesmo a própria questão do inato é discutível porque em certos aspectos é muito complicado afirmarmos com toda a certeza aquilo que é inato ou socialmente adquirido. Podemos, por exemplo, olhar para uma criança de 10 anos que revela uma capacidade prodigiosa para escrever música ou para tocar algum instrumento musical